"China não vai desempenhar papel na guerra da Ucrânia", diz perito

Conferência da segurança MSC abre esta sexta-feira em Munique
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Com a crise dos balões-espiões e vários problemas internos, os olhos estão virados para a China na cimeira de segurança que abre agora em Munique, na Alemanha.

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Na cimeira de segurança que abre esta sexta-feira em Munique, os olhares estão virados para a China, com a crise dos balões-espiões nos Estados Unidos, mas também as dificuldades internas relacionadas com a explosão da bolha imobiliária, a má gestão da Covid por parte do governo e o abrandamento do crescimento económico.

Sem esquecer o papel que esta megapotência pretende desempenhar no conflito russo-ucraniano. Podemos esperar surpresas por parte da delegação chinesa?  A Euronews falou com Mirko Campochiari, analista militar.

"Pensa-se que a China quer jogar um jogo chamado 'escalar para desescalar'. Criam uma situação de crise e depois oferecem uma compensação ou uma reconciliação política. A China ainda não se expôs sobre a guerra na Ucrânia. Em parte porque tem uma política muito cuidadosa, orientada para o soft power. Saírem do armário e desempenharem um papel no conflito, tornarem-se um ator importante e tentarem mediar a crise ucraniana é algo que pode trazer grandes ganhos de visibilidade, mas também pode ser um grande fracasso. Poderia minar a forma como a China se vê a si própria. Por conseguinte, não acredito que a China venha a desempenhar qualquer papel neste conflito, para não mencionar o facto de que uma Rússia fraca poderá até ser conveniente para a China a longo prazo, porque Pequim pode assim adquirir hidrocarbonetos e gás baratos, uma vez que a Rússia terá necessariamente de virar-se para outros mercados", disse o perito.

Ter um papel no conflito ucraniano pode trazer grandes ganhos de visibilidade, mas também pode ser um grande fracasso (para a China).
Mirko Campochiari
Analista militar
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