Novo conselho NATO-Ucrânia, novas armas e a adesão: a cimeira de Vilnius promete

Stoltenberg numa conferência de imprensa, hoje, em Bruxelas
Stoltenberg numa conferência de imprensa, hoje, em Bruxelas Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
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De  Francisco Marques
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Secretário-geral da NATO apresentou os três pontos essenciais da próxima reunião. A que se soma ainda o atrito entre o desejo da Suécia e a exigência da Turquia

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A ativação de um Conselho NATO-Ucrânia, o reforço da ajuda dos aliados à vitória ucraniana perante a invasão russa e o reafirmar do desejo de fazer da Ucrânia membro da Aliança euro-atlântica foram as linhas fortes da conferência de imprensa desta sexta-feira de Jens Stoltenberg.

O secretário-geral da NATO antecipou a cimeira da próxima semana, na Lituânia, apresentando os três pontos que entende serem os mais importantes na agenda de trabalhos.

"Em primeiro lugar, vamos acordar um programa de assistência plurianual para garantir a total interoperacionalidade entre as forças armadas da Ucrânia e a NATO. Em segundo, vamos melhorar os nossos laços políticos com a implementação do Conselho NATO-Ucrânia. E, terceiro, espero que os líderes reafirmem que a Ucrânia irá tornar-se membro da NATO e se unam na forma como vamos trazer a Ucrânia para mais perto desse objetivo", detalhou Soltenberg, recentemente reconduzido mais um ano no cargo de secretário-geral e porta-voz dos agora 31 aliados.

Em cima da mesa, em Vilnius, vai estar também a adesão da Suécia à NATO, ainda bloqueada pela Turquia. 

Há uma reunião importante na segunda-feira entre o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o Presidente da Turquia, recep Tayyp Erdogan, que esta noite recebe o homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Sobre o envio pelos Estados Unidos para a Ucrânia de bombas de fragmentação, Stoltenberg disse que a Aliança não tem posição sobre o assunto e que cabe a cada governo decidir como deve ajudar a combater a invasão russa.

O secretário-geral da NATO, ainda assim, lembrou que ambos os lados do conflito têm usado bombas de fragmentação, arma que tem uso proibido por vários países. A Rússia tem usado este tipo de armamento para invadir e agredir um país vizinho, a Ucrânia apenas para se defender da invasão, sublinhou Stoltenberg.

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