ONU culpa alterações climáticas pelo calor extremo

Várias cidades italianas estão em alerta máximo de calor
Várias cidades italianas estão em alerta máximo de calor Direitos de autor Luca Bruno/AP
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Vaga de calor fustiga países como Espanha, Itália e Grécia, mas outras regiões do globo são igualmente afetadas.

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O Sul da Europa vive dias quentes, muito quentes. Em Espanha, os termómetros em muitas regiões ultrapassam os 30 graus de manhã cedo e os 40 graus ao meio-dia. As ondas de calor duram demasiado tempo e as pessoas já não se sabem o que fazer: "É complicado porque não nos podemos defender do calor. Contra o frio, tapamo-nos, mas contra o calor não há nada que possamos fazer", diz uma mulher,

Várias regiões espanholas estão em alerta devido a temperaturas extremas. A onda de calor deve-se, em parte, ao fenómeno El Niño, mas a Organização Meteorológica Mundial (OMM) culpa, sobretudo, as alterações climáticas.

John Nairn, especialista em tempo e clima extremos da OMM, diz: "As temperaturas globais são agora mais quentes do que eram quando aconteceu o fenómeno El Niño regressou na década de 1980. A tendência global continua a aumentar. Por isso, não sei se podemos falar de valores normais, porque as coisas vão continuar a mudar. Vai continuar a aquecer".

Itália vive também temperaturas escaldantes, por culpa de Caronte, como foi batizado o anticiclone africano que pôs em alerta vermelho de calor extremo uma dezena de cidades, incluindo Roma. A OMM acredita que a Europa pode ultrapassar nestes dias o recorde de 48,8 graus Celsius registado na Sicília em 2021.

Mas a onda de calor não se limita à Europa. A América do Norte e o norte da Ásia também estão a registar temperaturas anormalmente elevadas. Em Tóquio, ultrapassou os 37 graus Celsius e, como é tradição no Japão, as pessoas usam guarda-chuvas para se protegerem do sol. Muito poucos saem à rua sem um.

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