Viktor Orban compara adesão da Hungria à UE à ocupação soviética

Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, à chegada à cimeira da UE em Granada, 5 de outubro de 2023
Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, à chegada à cimeira da UE em Granada, 5 de outubro de 2023 Direitos de autor Manu Fernandez/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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O primeiro-ministro húngaro criticou a União Europeia, comparando a adesão da Hungria à UE a mais de quatro décadas de ocupação soviética do seu país.

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No aniversário da revolta antissoviética da Hungria em 1956, o primeiro-ministro húngaro criticou a União Europeia, comparando a adesão da Hungria à UE a mais de quatro décadas de ocupação soviética do seu país.

Viktor Orbán acusou Bruxelas de tentar despojar a Hungria da sua identidade, impondo um modelo de democracia liberal que, segundo ele, os húngaros rejeitam.

“Tivemos que dançar ao som que Moscovo assobiava. Bruxelas também assobia, mas dançamos como queremos e, se não quisermos, não dançamos.”

Há alguns anos que Viktor Orban aproveita este dia para comícios do seu campo político, onde fustiga a União Europeia. Desta vez disse ainda que, enquanto não havia esperança para a União Soviética, a governação na UE poderia ser reformada através das eleições para o Parlamento Europeu marcadas para junho de 2024.

“Moscovo era irreparável, mas Bruxelas e a União Europeia ainda podem ser consertadas”, disse.

No mesmo dia deste discurso, Orbán, enfrentou uma marcha de milhares de húngaros em Budapeste, que se opõem às políticas do seu governo e à relação de proximidade com a Rússia, apesar da guerra na Ucrânia.

O feriado nacional de 23 de outubro comemora o início de uma revolta popular em 1956 contra a repressão soviética, que começou na capital da Hungria, Budapeste, e se espalhou por todo o país.

Depois de o líder estalinista da Hungria ter sido deposto com sucesso e as tropas soviéticas terem sido forçadas a sair da capital, uma diretiva de Moscovo enviou o Exército Vermelho de volta a Budapeste e reprimiu brutalmente a revolução, matando cerca de 3.000 civis e destruindo grande parte da cidade.

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