Dia 30 da guerra Israel-Hamas: Bombardeamentos em Gaza e roubos de oliveiras na Cisjordânia

Palestinianos procuram sobreviventes após bombardeamento edo campo de Nusseirat, em Gaza
Palestinianos procuram sobreviventes após bombardeamento edo campo de Nusseirat, em Gaza Direitos de autor AP Photo/Hatem Moussa
Direitos de autor AP Photo/Hatem Moussa
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As acusações de parte a parte num conflito já com mais de 10 mil mortos registados por ambos os lados e que ameaça expandir-se pelo Médio Oriente

PUBLICIDADE

As Forças de Defesa de Israel (IDF/Tsahal) anunciaram este domingo já terem atingido mais de 2.500 alvos em Gaza desde o início da operação no terreno, dentro da Faixa de Gaza, na noite de 27 de outubro, há pouco mais de uma semana.

Durante esta última noite, os combates entre as IDF e militantes do Hamas prosseguiram no norte do enclave controlado pelo Hamas, nas proximidades da Cidade de Gaza, numa altura em que entramos no 30.° dia da contraofensiva de Israel ao ataque de 7 de outubro do Hamas, grupo palestiniano considerado terrorista também pela União Europeia, que terá feito mais de 1.400 mortos.

A Força Aérea israelita alegou ter atingido diversas infraestruturas do grupo paramilitar palestiniano, havendo relatos de mais de 30 mortos no campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, devido a bombardeamentos de Israel, disse o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.

Há notícias também de uma vaga de rockets disparada de dentro da Faixa de Gaza para o centro de Israel.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, não se mostra impressionado com o elevado número de mortos reportados pelas autoridades de saúde de Gaza (mais de 9 mil mortos), promete localizar e matar o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, reiterando o objetivo da contraofensiva.

"No fim desta guerra não haverá Hamas em Gaza. Não haverá na Faixa de Gaza nenhuma ameaça à segurança de Israel e Israel terá total liberdade de movimentos para implementar qualquer ação de segurança que entenda contra quem quer que levante a cabeça em Gaza", afirmou Gallant.

Ao mesmo tempo que a contraofensiva ao ataque terrorista de 7 de outubro prossegue em Gaza, na Cisjordânia há registo de diversas operações israelitas contra alegados membros do Hamas.

A agência palestiniana Wafa refere pelo menos 3 mortos e 46 palestinianos detidos nos territórios palestinianos além Gaza, denuncia a invasão de residências palestinianas a oeste de Ramallah e o roubo de mais de 700 oliveiras de agricultores palestinianos por colonos israelitas a sul de Nablus.

Terá ocorrido também uma invasão israelita na mesquita de Al-Aqsa, local sagrado do Islão, em Jerusalém.

As acusações e denúncias de parte a parte são uma constante nestas últimas semanas em que os números de vítimas anunciados pelas autoridades de Israel e de Gaza já apontam para mais de 10 mil mortos: 1.400 do lado israelita, incluindo 345 soldados; e 9.488 do lado palestiniano só em Gaza, incluindo 3.900 crianças.

Outras fontes • Times of Israel, Haaretz, Al Jazeera, Wafa

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Antony Blinken na Jordânia para discutir o futuro de Gaza

Relatório independente diz que Israel não apresentou provas que liguem a UNRWA a grupos terroristas

Quase 300 corpos encontrados em vala comum junto a hospital de Khan Younis