Israel admite ter feito explodir uma ambulância, que alega ser usada pelo Hamas. Militantes palestinianos negam acusações e garantem que transportava civis.
No 29º dia de guerra entre Israel e o Hamas, e enquanto as sirenes voltavam a soar no sul de Israel, um alerta de mísseis, a Faixa de Gaza continuava sitiada e o Exército israelita seguia caminho, a passos largos, em direção à principal cidade do enclave palestiniano.
A ala militar do Hamas garantia que, sexta-feira, que os seus combatentes lutaram contra as tropas israelitas em várias áreas de Gaza e destruíram vários tanques com projéteis antitanque de fabrico local.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel confirmava os combates no terreno, acrescentando que estão a recorrer a ataques aéreos e bombardeamentos, quando necessário.
Bombardeamentos que terão atingido uma escola no norte da Faixa de Gaza. Do lado palestiniano diz-se que o edifício albergava deslocados e que terão morrido, pelo menos, 20 pessoas durante o ataque.
Israel não comentava este incidente mas admitia ter feito explodir uma ambulância, junto ao hospital al-Shifa na cidade de Gaza. Alegando estar a ser utilizado por "uma célula terrorista do Hamas". O movimento desmentia as acusações insistindo que havia pelo menos duas ambulâncias que transportavam pessoas para a fronteira de Rafah e falava em, pelo menos, 15 mortos. Israel, frisava que se trata de "uma zona de guerra" e que os civis foram "repetidamente convidados a partir para sul".
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, dizia-se "horrorizado" com este ataque.
Países árabes reúnem-se em Amã com Blinken
Amã anunciou a realização de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar na capital jordana, este sábado. No encontro participa o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, um representante da Autoridade Palestiniana.
O chefe da diplomacia dos Estados unidos esteve em Telavive. Com o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, discutiu a possibilidade de "tréguas humanitárias" para facilitar a ajuda aos civis palestinianos, mas Netanyahu recusa-se a enveredar por este caminho enquanto o Hamas não libertar os mais de 240 reféns raptados durante o ataque a Israel.
O conflito, que começou há quase um mês, foi desencadeado pelo ataque sangrento do movimento islamista palestiniano Hamas, a solo israelita, de 07 de outubro. Ao qual Israel respondeu, sem "apelo nem agravo", com uma incursão pela Faixa de Gaza que já matou milhares de civis.