A China terminou 2023 com 1,4 mil milhões de habitantes, menos dois milhões comparativamente a 2022. Aumento do número de mortes e diminuição do número de nascimentos explica segunda queda anual consecutiva na população do país.
A população da China diminuiu em dois milhões de pessoas em 2023, a segunda queda anual consecutiva, face à descida dos nascimentos e aumento das mortes depois do levantamento das restrições relacionadas com a Covid-19.
A China terminou 2023 com 1.409,67 milhões de habitantes, contra 1.411,75 milhões no final do ano anterior, quando se registou o primeiro declínio desde 1961.
O número de mortes aumentou em 690 mil para 11,1 milhões, mais que o dobro do aumento registado no ano passado.
O Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês já esperava um aumento acentuado nas mortes devido aos surtos de Covid-19 que começaram no final de 2022 e continuaram até fevereiro do ano passado.
Apesar dos esforços das autoridades chinesas para aumentar a taxa de natalidade, o país asiático registou apenas 9,02 milhões de nascimentos no ano passado, menos 540 mil nascimentos do que em 2022.
Especialistas em demografia já tinham alertado que o número de nascimentos na China continuaria a diminuir em 2023 pelo sétimo ano consecutivo, devido a uma queda no número de casamentos nos últimos anos e a um atraso na idade de casamento entre os jovens chineses.
Com o número de nascimentos a diminuir, o envelhecimento da populção representa um grande desafio para a China, dizem os especialistas, uma vez que isto significa uma força de trabalho cada vez menor e isso poderá traduzir-se num crescimento económico mais lento.