Banco Mundial pondera suspender dívida de países pobres na cimeira de Paris

Ativista interrompe evento paralelo e exibe cartaz onde se lê "façam os poluidores pagar"
Ativista interrompe evento paralelo e exibe cartaz onde se lê "façam os poluidores pagar" Direitos de autor AP Photo
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De  Francisco Marques
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Cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global arrancou na capital de França, com mais de quatro dezenas de líderes. Um deles é Lula da Silva

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O Banco Mundial poderá vir a suspender o pagamento de dívidas de países atingidos por desastres naturais. Este é um dos anúncios esperados na "Cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global", promovida em Paris, esta quinta e sexta-feira, por Emmanuel Macron.

A proposta do Banco Mundial foi retirada de um esboço da declaração prevista realizar perante os restantes líderes presentes na capital gaulesa pelo novo presidente da instituição internacional, Ajay Banga, a que a agência Reuters teve acesso.

O objetivo da cimeira passa por ajudar os países em maiores dificuldades a controlar a crise e a avançar com reformas pós-guerra para os sistema financeiro global.

O Presidente de França considera o atual sistema financeiro global obsoleto e defende uma modernização à luz das crises atuais.

"Se olharmos ao que temos pela frente: as desigualdades estão a aumentar; a vulnerabilidade climática agrava os riscos; e o nosso mundo está sujeito a cada vez maiores choques. Temos de assumir um choque no financiamento público. Perante estes desafios, pobreza, clima e biodiversidade, ao mesmo tempo, temos de investir muito mais e ainda não chegámos lá", alertou Macron no lançamento da cimeira.

Destes dois dias de reunião, onde se juntam na mesma sala mais de quatro dezenas de líderes mundiais, incluindo António Guterres e Lula da Silva, não vão sair decisões formais, mas espera-se pelo menos alguma concertação na gestão do impacto da inflação no bolso das famílias. Sobretudo nos países em desenvolvimento.

Lula em privado com Macron


O Presidente do Brasil, além da cimeira, tem na agenda para Paris uma reunião privada com Emmanuel Macron.

Lula deverá reiterar o convite ao homólogo francês para participar na cimeira da Amazónia que o Brasil organiza em julho na cidade de Belém e ainda abordar o estado das negociações no acordo UE-Mercosul, mas também a iniciativa de paz que propõe para a Ucrânia.

À porta da cimeira, há protestos. Os manifestantes exigem mais ação para travar os combustíveis fósseis e taxas sobre as transações financeiras.

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