As descobertas, reveladas num novo documentário que foi para o ar este fim de semana na televisão espanhola, afirmam que o explorador escondeu a sua verdadeira identidade para evitar a perseguição religiosa na Europa.
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Na sequência do novo estudo científico efetuado pela Universidade de Granada, que revelou o local de repouso final de Cristóvão Colombo, concluiu-se que Cristóvão Colombo era espanhol e judeu.
As conclusões sobre um dos mais famosos exploradores da história foram apresentadas no documentário ADN de Colombo: a sua Verdadeira Origem, que foi para o ar este fim de semana no canal público espanhol TVE.
Os peritos em ADN concluíram que Colombo não era um marinheiro de Génova, como se pensava, mas sim de uma família de judeus fiandeiros de seda de Valência, Espanha.
De acordo com a investigação, a sua origem judaica foi algo que o explorador ocultou, fingindo ser um cristão católico romano para evitar o antisemitismo galopante e a perseguição dos judeus em Espanha e noutras partes da Europa.
A descoberta foi o culminar de duas décadas de investigação liderada por Antonio Lorente, professor de medicina legal e forense na Universidade de Granada.
Ao anunciar os resultados do estudo no documentário, o Lorente afirmou que estes eram "quase absolutamente fiáveis".
"Temos ADN de Cristóvão Colombo, muito parcial, mas suficiente. Temos o ADN de Hernando Colón, o seu filho", disse Lorente no programa. "E tanto no cromossoma Y (masculino) como no ADN mitocondrial (transmitido pela mãe) de Hernando há traços compatíveis com a origem judaica".
Há anos que os países discutem a origem do explorador, com muitos a reivindicarem-no como um dos seus. Estima-se que existam 25 teorias contraditórias sobre o seu local de nascimento, incluindo Polónia, Grécia, Portugal, França e Hungria.
No entanto, estas conclusões, que mudam a história, têm sido recebidas com cautela.
"Infelizmente, de um ponto de vista científico, não podemos avaliar o que está no documentário, porque não apresentaram quaisquer dados da análise", disse Antonio Alonso, ex-diretor do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Espanha, ao El País.
"A minha conclusão é que o documentário nunca mostra o ADN de Colombo e, como cientistas, não sabemos que análise foi efetuada."