O antigo líder da Liga de Defesa Inglesa, de extrema-direita, foi detido pela Polícia Britânica dos Transportes depois de desembarcar de um voo proveniente de Portugal.
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O ativista de extrema-direita, Tommy Robinson, foi detido pela polícia britânica no âmbito de uma investigação a um ataque na estação ferroviária de St. Pancras, em Londres, no final de julho.
Robinson, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, foi detido na segunda-feira à noite, depois de ter desembarcado de um avião no aeroporto de Luton. A detenção teve lugar na sequência de uma notificação de que Robinson se encontrava num voo proveniente de Faro, em Portugal.
Em comunicado, a Polícia Britânica de Transportes (BTP) declarou: "Os agentes da BTP detiveram esta noite (4 de agosto) um homem de 42 anos de Bedfordshire, numa operação ligada a uma agressão na estação de St Pancras a 28 de julho".
"O homem era procurado para interrogatório depois de ter deixado o país para Tenerife na madrugada de 29 de julho, na sequência do incidente em St Pancras".
"Foi detido por suspeita de lesão corporal grave e será agora levado sob custódia para interrogatório", refere o comunicado.
A declaração da polícia não menciona o nome de Robinson, mas as imagens de CCTV do incidente de 28 de julho mostram o antigo líder da Liga de Defesa Inglesa de extrema-direita a caminhar ao lado de um homem de 64 anos deitado no chão e a afirmar que agiu em legítima defesa.
No vídeo, que tem sido amplamente difundido na Internet, Robinson pode ser ouvido a dizer: "Ele atirou-se a mim, irmão". O vídeo não mostra como é que o homem acabou no chão.
Na semana passada, a polícia afirmou que um homem tinha "ferimentos graves mas sem ter a vida em risco" na sequência do incidente na estação ferroviária. O homem teve alta do hospital na quinta-feira, segundo a polícia.
Robinson é uma das figuras de extrema-direita mais influentes do Reino Unido e exprime regularmente opiniões islamofóbicas, racistas e depreciativas em entrevistas e nas redes sociais.
Tem um longo historial de condenações na justiça, com crimes que vão desde o roubo à agressão, perseguição e fraude. Em 2024, foi condenado a 18 meses de prisão por desrespeito ao tribunal depois de ter feito declarações falsas na internet sobre um refugiado sírio.