A oposição síria acusa Damasco e Moscovo de terem levado a cabo novos bombardeamentos em Aleppo e Idlib, horas depois da Rússia e dos EUA terem chegado a um acordo para uma trégua no…
A oposição síria acusa Damasco e Moscovo de terem levado a cabo novos bombardeamentos em Aleppo e Idlib, horas depois da Rússia e dos EUA terem chegado a um acordo para uma trégua no território.
Os rebeldes afirmam que os novos ataques provocaram mais de duas dezenas de mortos em Alepo, e num mercado na cidade de Idlib.
Another massacre by Russian air strikes on the main market in #Idleb#Syria#ObamaComplicitypic.twitter.com/wClRfB2Br8
— شبكة الثورة السورية (@RevolutionSyria) September 10, 2016
Uma denúncia que reflete as dúvidas do Exército Livre Sírio (combatentes moderados) sobre o acordo selado esta madrugada em Genebra.
John Kerry e Serguei Lavrov tinham-se comprometido a iniciar uma trégua a partir de segunda-feira, com a criação de uma zona desmilitarizada para distribuir ajuda humanitária às zonas sitiadas de Aleppo.
O acordo prevê a coordenação dos ataques dos dois campos, se o cessar-fogo não for violado durante uma semana.
Moscovo, aliado do regime de Bashar Al-Assad, tinha garantido esta manhã o apoio do governo sírio ao acordo, saudado pela União Europeia e pela Turquia, mas recebido com o silêncio do Irão e da Arábia Saudita, de lados opostos no conflito.
A agência de notícias síria, Sanaa, confirmou esta tarde que o governo de Damasco vai respeitar a trégua e os termos do acordo.
Se Moscovo tem agora que convencer Damasco a pôr fim aos ataques sobre as posições dos rebeldes moderados, Washington, por seu lado, terá que convencer os combatentes a dissociarem-se dos grupos islamitas, nomeadamente a Frente Al-Nusra.
O Exército Livre Sírio, oposto a Assad, denuncia igualmente a forma como Damasco utilizou as tréguas efémeras do passado para ganhar terreno.