O mundo dos negócios teme o impacto de mais este escândalo na economia.
O mundo dos negócios teme o impacto de mais este escândalo na economia. O filho do presidente da Samsung foi detido esta quinta-feira no âmbito da investigação por corrupção e tráfico de influência que levou à destituição da Presidente da Coreia do Sul.
Lee Jae-Yong é acusado de ter pago cerca de 40 milhões de dólares (cerca de 37 milhões de euros) em subornos à confidente da ex-Presidente Park Geun-Hye, Choi Soon-Sil, em troca de favores políticos.
Cho Chang-Hoon, professor na Escola de Negócios da Universidade de Sogans, lembra que “a detenção do dono da empresa terá impacto negativo não só para o grupo, mas terá também custos sociais. De qualquer forma, o sistema sul coreano mostra que não aceita este tipo de comportamento. A longo prazo fará com que a credibilidade da Coreia do Sul cresça”.
O grupo Samsung representa aproximadamente 20% da economia nacional, ou seja, tudo o que acontece à gigante tecnológica tem efeitos imediatos no país. Depois de ter sido tornada pública a detenção, as ações de Samsung Electronics chegaram a cair cerca de 1,4% a meio da sessão.
Estando o líder detido, o maior fabricante mundial de telemóveis vai ter de suspender temporariamente planos de investimento e outras decisões relevantes que só podem ser autorizadas pelo próprio Lee.
A opinião pública sul coreana está dividida. Uma residente em Seul garante que “já estava à espera da detenção, já devia ter acontecido antes. Mas agora surgiram provas suficientes. A lei é justa. Parabéns à equipa de investigadores”. Um outro morador, pelo contrário, acha “uma vergonha. O objetivo original da equipa de procuradores era a presidente Park Geun-hye mas como não conseguiram encontrar grande coisa durante a investigação então detiveram Lee. Acredito que o impacto na nossa economia será enorme”.
O maior fabricante mundial de ‘smartphones’ ainda estava a tentar recuperar do caso dos Galaxy Note 7, cujas baterias explodiam e agora volta a ser abalada por mais um escândalo.