A reforma das políticas de migração e asilo da União Europeia é uma das prioridades anunciadas para 2018. A nova coligação austríaca entre conservadores e extrema-direita poderá ser decisiva no rumo a tomar.
Este tipo de aliança, que era raro, poderá tornar-se cada vez mais comum na Europa, segundo Benjamin Biard, professor na Universidade Católica de Lovaina.
“De facto, existe uma tendência para uma melhoria das relações com estes partidos de extrema-direita. Pouco a pouco, poderão ser criadas mais alianças deste género a nível nacional e, também, alianças similares a nível supranacional ou europeu”, disse à euronews.
Austria’s new government plans to cut child benefits abroad https://t.co/4mKf5CjUOApic.twitter.com/GACaxun5lC
— Reuters Top News (@Reuters) January 4, 2018
A Áustria defende agora uma política mais securitária, tal como os países do grupo de Visegrado, composto por Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia.
A extrema-direita não chegou ao poder em França, Holanda ou Alemanha mas esses partidos continuam muito mobilizados para “cavalgar” a chamada onda populista, que poderá ameaçar o espírito de solidariedade na União Europeia.
O debate começa já, sendo que a Áustria assumirá a presidência rotativa do bloco no segundo semestre do ano.