Painel da ONU prevê futuro negro para os oceanos

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Direitos de autor REUTERS/Lisi Niesner
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De  Ricardo Figueira
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Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas traça panorama sombrio sobre os oceanos e os ecossistemas gelados.

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As Nações Unidas falam de um presente sombrio e um futuro ainda mais negro para os oceanos e, sobretudo, para os habitats gelados. O painel da ONU para as alterações climáticas apresentou agora um relatório, onde são detalhados dois cenários possíveis:

Um, com fracas emissões de carbono e uma subida controlada nas temperaturas. E um segundo cenário, com consequências catastróficas e subida nas temperaturas que pode ir dos 3,2 aos 5,4 graus centígrados.

Em qualquer um dos casos, é a terra a pagar a fatura. Os ecossistemas marinhos, já de si frágeis, enfrentam uma série de ameaças relacionadas com as alterações climáticas.

Entre as causas para essas ameaças, estão a subida nas temperaturas, a acidificação da água, a diminuição dos níveis de oxigénio e o agravamento dos fenómenos conhecidos como El Niño e La Niña.

As comunidades costeiras estão ameaçadas. Os países insulares, como as Maldivas, correm risco, como notou o presidente do país, Ibrahim Mohamed Solih: "Durante mais de 30 anos, temos lutado para fazer face à emergência climática. Há 30 anos que nós, nas Maldivas, andamos a dizer que esta é a luta das nossas vidas, porque ameaça a nossa existência enquanto nação. Mesmo se as provas científicas são irrefutáveis, a falta de ação global é alarmante".

Entre as soluções propostas pela comunidade científica estão a intervenção e restauro dos ecossistemas dos oceanos, o uso de recursos renováveis e a redução da poluição. Mas a verdade é que o tempo para agir começa a ser escasso e os efeitos são já visíveis, sobretudo nos ecossistemas polares.

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