O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, foi entrevistado pela euronews à margem da cimeira entre a UE e o mundo árabe a decorrer em Atenas
A euronews entrevistou o primeiro-ministro albanês Edi Rama que se encontra em Atenas para participar na cimeira entre a União Europeia e o mundo árabe.
Começamos por lhe perguntar qual é a estratégia depois do veto da União Europeia ao processo de adesão da Albânia e da Macedónia do Norte ao bloco.
"Espero que a razão venha a prevalecer assim como o arguemento geoestratégico. A União Europeia não pode tratar os Balcãs Ocidentais como algo afastado dos seus interesses. Pelo contrário, é precisamente por causa da sua própria segurança que a União Europeia deveria ver os Balcãs Ocidentais como integrados. É possível continuar a viver com um rim no bolso? É impossível, sabemos que vai dar problemas", disse o primeiro-ministro albanês, Edi Rama.
A adesão da Albânia e da Macedónia do Norte chegou a um impasse depois de no último Conselho Europeu ter sido vetada pela França, Holanda e Dinamarca. A questão dos requerentes de asilo é um dos entraves.
"A questão dos requerentes de asilo é apenas uma forma, com a qual não concordo porque não é justa ou sequer legal, de conseguir algo mais. Por isso pergunto qual é o significado disto?", questionou Edi Rama.
Mas será que o primeiro-ministro da Albânia assume a responsabilidade pelo impasse a que se chegou no seio do Conselho Europeu?
"Sim, aceito responsabilidade pessoal na medida em que vivi tantos anos em França e não consegui mudar a mentalidade do país", afirmou o primeiro-ministro.
A bola está gora no lado da França, Holanda e Dinamarca que vetaram o início do processo de adesão da Albânia e Macedónia do Norte, algo que irá decerto fazer parte das prioridades da futura Comissão Europeia.
A próxima cimeira dos Balcãs Ocidentais está marcada para Zagreb em maio de 2020.