Russos fogem para a Turquia

Cidadãos russos abandonam o país para fugirem à mobilização
Cidadãos russos abandonam o país para fugirem à mobilização Direitos de autor AP / Archivo
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Lev Kamyshev, de 37 anos, não esquece o que deixou para trás. Abadonou a Rússia um dia depois de ter sido decretada a mobilização militar de reservistas. O cidadão russo diz que ficou "assustado", deixou "tudo o que tinha" e agora se sente "vazio".

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Lev Kamyshev, de 37 anos, não esquece o que deixou para trás. Abadonou a Rússia um dia depois de ter sido decretada a mobilização militar de reservistas. O cidadão russo diz que ficou "assustado", deixou "tudo o que tinha" e agora se sente "vazio".

O russo demorou 26 horas a chegar a Istambul. Primeiro, atravessou o Cazaquistão... Por terra, devido ao medo de enfrentar as autoridades russas no aeroporto.

Lev afirma que só queria salvar-se. Queixa-se da "injustiça", de o Governo não lhe ter deixado "alternativa".

As autoridades turcas estimam que cerca de dez mil russos tenham fugido para Istambul desde o anúncio da mobilização. E à região de Antália, terão chegado cerca de 1800 russos nos primeiros dias.

Os voos para a Turquia têm esgotado frequentemente desde que foi anunciada a convocatória militar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia disse que o seu país não vai conceder asilo a pessoas que, considera, "estarem simplesmente a fugir das suas responsabilidades". Escreveu, no Twitter, que "estes cidadãos devem lutar contra Putin, na Rússia".

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados considera que todas as pessoas que procuram asilo devem ser apoiadas.

O cidadão russo lembra que" quem ficar na Rússia e resistir, pode na mesma ser mobilizado e ser morto numa esquadra de polícia".

Lev espera conseguir asilo na Alemanha. O Governo alemão não respondeu à questão da Euronews sobre se iria conceder asilo a cidadãos russos que fujam do serviço militar.

A Euronews falou com outro cidadão russo que fugiu para a Turquia na semana passada.  Disse que era contra a guerra e que saiu porque tinha medo de ser forçado a lutar. Mais tarde, disse à Euronews que tinha muito medo que a entrevista fosse para o ar, mesmo com a sua identidade oculta.

Quanto a Lev, ele diz querer voltar para a Rússia depois da guerra. Este cidadão russo quer ser um dos homens que chega ao final da guerra sem disparar e diz que esses homens vão voltar e reconstruir uma nova Rússia e ajudar a reconstruir a Ucrânia.

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