"Na maior parte das vezes, as crianças fecham-se", conta uma professora
Na Ucrânia, os soldados na linha da frente não são os únicos combatentes.
Os professores ucranianos também lutam, para que a educação das crianças prossiga apesar das circunstâncias difíceis em que todos se encontram.
Um grupo de docentes recebeu formação na vizinha Polónia. O objetivo é aprenderem a adaptar as aulas ao formato online e a alunos que vivem o stress de uma situação de guerra.
"É difícil. Na maior parte das vezes, as crianças fecham-se", conta Ganna Skydan, professora em Zaporizhzhia.
"Não ligam a câmara, nem ligam o microfone para dizer "olá". Ou seja, recusam. Parecem estar presentes na aula, ouvem o professor, ouvem as respostas das outras crianças. Mas há aqueles que passaram por algum stress e simplesmente não querem aparecer, não querem estabelecer qualquer contacto", explica.
"São acontecimentos muito traumáticos e temos de ensinar os professores a lidar com eles", sublinha a formadora Liudmyla Klymenko.
No ano letivo passado, cerca de quatro milhões de alunos do ensino secundário foram às aulas em circunstâncias excecionais.
As escolas só vão poder abrir se tiverem um "abrigo especializado" para o caso de ataque.