Relatório das Nações Unidas inclui pela primeira vez na lista negra um membro permanente do Conselho de Segurança
A ONU registou mais de 27 mil casos de violações graves contra crianças no último ano em zonas de guerra e sublinha que embora grupos terroristas sejam responsáveis por cerca de metade, uma grande parte é causada por forças governamentais.
É o número mais alto alguma vez verificado pelas Nações Unidas, mais de 8 mil casos dizem respeito a mortes ou mutilações, mais de sete mil são recrutamentos forçados para uso em combate e perto de quatro mil são sequestros.
A violência sexual também foi um dos problemas encontrados pelo relatório que abrangeu 26 situações de conflito. Virginia Gamba, Representante especial do secretário-geral sobre Crianças e Conflitos Armados, denuncia os casos conhecidos:
"Mil cento e sessenta e cinco crianças, quase todas raparigas, foram violadas, violadas em grupo, forçadas ao casamento ou à escravatura sexual ou agredidas sexualmente. Alguns casos foram tão graves que resultaram na morte das vítimas. Os crimes cometidos contra estas crianças são horríveis".
O papel da Rússia na Ucrânia não foi esquecido, na primeira vez que um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU foi incluído na lista negra com mais de 1200 violações graves contra crianças.