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Tortura, abusos e trabalhos forçados denunciados nas prisões russas

Suposta sala de tortura descoberta em Izium, em setembro de 2022
Suposta sala de tortura descoberta em Izium, em setembro de 2022 Direitos de autor AP Photo/Evgeniy Maloletka
Direitos de autor AP Photo/Evgeniy Maloletka
De  Euronews
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Testemunhas e vítimas contam o que sofreram nas mãos das forças ocupantes na Ucrânia. Reconquista está a revelar as salas de tortura usadas pelos russos

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Civis ucranianos estão a denunciar os atos de tortura e os abusos sofridos nas prisões russas para onde muitos têm sido enviados desde o início da invasão russa na Ucrânia a 24 de fevereiro.

Tal como milhares de outros civis, Olena Yahupova também já passou por uma prisão russa e conta o que sofreu numa das prisões de uma rede agora revelada por uma investigação da agência Associated Press, onde foram descobertas salas de tortura.

"Amarraram-me as mãos e os pés a uma cadeira de escritório e bateram-se na cabeça com uma garrafa de dois litros de água. Alternaram isto com a colocação de um saco de plástico na minha cabeça. Enrolavam-me fita-cola ao pescoço e uma pessoa chegou a apertar-me o nariz para que nem pudesse sequer inalar dentro do saco", recordou Yahupova.

Esta mulher foi inclusive obrigada a cavar trincheiras para ocultar os soldados russos na zona de Zaporíjia.

Imagens de satélite revelam também a construção de prisões, por exemplo na região fronteiriça russa de Rostov.

A retirada das tropas russas durante a contraofensiva ucraniana do ano passado permitiu expor salas de tortura em prédios e caves de diversas localidades que a Ucrânia ia retomando do controlo dos invasores.

O pai de Anna Vuikos desapareceu no decorrer da ocupação russa. A casa dele está agora vazia. Graças à informação de um prisioneiro entretanto libertado, Anna descobriu que o pai está detido em Kursk, na Rússia.

"Estou sob grande stress. Penso nisto todos os dias. Um ano passou e até mais do que um ano, mas quanto mas tem de passar? Há muitos civis ali, não é apenas o meu pai", lamenta-se Anna.

Cerca de 400 civis foram já libertados, juntamente com soldados, ao abrigo das diversas trocas de prisioneiros que têm ocorrido entre as partes.

A Ucrânia, ainda assim, estima haver pelo menos 10 mil civis ainda em prisões russas e a estes há ainda que somar as milhares de crianças separadas das famílias e levadas para a Rússia, num dos vários casos de alegados crimes de guerra cometidos por russos na Ucrânia e em investigação.

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