Candidata socialista foi a mais votada na primeira volta da presidencial equatoriana

Candidata Luisa Gonzales no momento em que votava
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A candidata de esquerda Luisa Gonzalez, sucessora do ex-presidente Rafael Correa, no exílio, saiu vitoriosa na primeira volta da eleição presidencial no Equador. Na segunda volta vai enfrentar Daniel Noboa, candidato da direita e filho do homem mais rico do Equador.

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Apesar dos receios, o dia de votação no Equador terminou sem violência. As assembleias de voto e os candidatos presidenciais foram fortemente protegidos pela Polícia e pelo Exército.

Em particular, Christian Zurita, que substituiu o assassinado Fernando Villavicencio, que mal se conseguiu ver. Estave constantemente coberto por coletes à prova de bala nas mãos de numerosos guardas fortemente armados. Horas antes do início da votação, tinha recebido ameaças de morte. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Estado equatoriano a adoção imediata de medidas para salvaguardar a vida de Zurita e da sua equipa.

A candidata de esquerda Luisa Gonzalez, sucessora ex-presidente Rafael Correa, no exílio, saiu vitoriosa na primeira volta da eleição presidencial, domingo, após uma campanha eleitoral extraordinária marcada pelo assassinato de um dos candidatos favoritos e a violência dos "narcos" no país.

Gonzalez vai enfrentar na segunda volta, em 15 de outubro, Daniel Noboa (filho do homem mais rico do Equador), candidato da direita e inesperado adversário desta eleição presidencial antecipada, com o objetivo de encontrar um sucessor para o impopular presidente conservador cessante, Guillermo Lasso. 

Gonzalez obteve 33% dos votos e Daniel Noboa somou 24% dos votos, de acordo com os resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) relativos a 83% dos votos apurados.

Antes do dia de votação, muitos equatorianos expressaram medo de sair. Diziam que preferiam ficar em casa e pagar multa - já que votar no Equador é obrigatório por lei. Mas, finalmente, depois de encerrada a votação, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou a participação "histórica" de 82,26%. 

Ao mesmo tempo, a votação dos equatorianos que vivem no exterior foi parcialmente prejudicada: o sistema de votação eletrónica sofreu ataques cibernéticos de vários países, incluindo Índia, Bangladesh, Paquistão, Rússia, Ucrânia, Indonésia e China. A CNE afirmou, no entanto, que "os votos não foram violados".

Mas este dia não foi apenas sobre candidatos presidenciais. Juntamente com a eleição presidencial, foi realizado um referendo que colocava questões consideradas ainda mais cruciais para o futuro do país. Trata-se da possível proibição da exploração de petróleo e minério em diversas regiões. Se, por um lado, a proibição ajudaria a conservar a natureza, os modos de vida dos povos indígenas e muitas espécies animais, por outro lado, provocaria um enorme rombo (alguns analistas dizem "fatal") na economia do país e deixaria milhares de pessoas desempregadas.

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