O número de mulheres expostas no maior evento artístico de Espanha tem subido, mas estas continuam a representar menos de metade dos artistas expostos.
O maior evento artístico de Espanha está de volta, agora com mais mulheres.
Com a abertura da ARCO, a Feira de Arte Contemporânea de Madrid, a acontecer dois dias antes do Dia Internacional da Mulher, a diretora do evento realça a presença de mais artistas femininas, mesmo se continuam a representar menos de metade dos artistas expostos.
"A presença das mulheres melhorou efetivamente no último ano. Um dado muito significativo é que no ano passado a percentagem era de 37% e este ano estamos a chegar aos 43%", nota Maribel López.
Semíramis González, crítica de arte e uma das duas curadoras da edição deste ano, denuncia a desigualdade que tem marcado o mundo da arte, uma realidade que está agora a mudar.
“Acima de tudo, houve uma tendência para a mudança, tanto no mercado da arte como no sistema da arte em geral. Consequentemente, nesta feira, houve um impulso da resposta social e feminista do mundo da arte, das associações, dos próprios artistas e dos curadores. Os profissionais da arte denunciavam que não podia ser que as mulheres representassem 80% dos estudantes de Belas Artes e depois apenas 20% dos artistas expostos na feira de arte mais importante de Espanha", diz.
A ARCO vai já na edição número 43 e tem como tema central, este ano, o Mar das Caraíbas, com obras de mais de 1300 artistas de 36 países.