O impacto económico da guerra e as novas fontes de investimento para a guerra estiveram no topo da cimeira da UE, esta semana, em Bruxelas. O programa também inclui uma entrevista com Natalia Kanem, diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas.
Os custos da guerra. A economia de guerra. O impacto económico da guerra. Para além do impacto no sofrimento humano, que nunca pode ser contabilizado, a guerra é, na verdade, também uma questão de capacidade financeira.
Desde a invasão russa, há dois anos, a UE e os seus Estados-membros apoiaram a Ucrânia com quase 88 mil milhões de euros, segundo dados de janeiro passado.
Mas a UE também decidiu investir mais na sua própria capacidade de defesa. Alguns países propõem a emissão de dívida comum, outros defendem a utilização de lucros extraordinários provenientes de ativos russos imobilizados.
A cimeira dos líderes da UE, em Bruxelas, esta semana, debateu muito sobre como obter os recursos necessários: "Na verdade, há um forte apoio à utilização de lucros inesperados de ativos imobilizados para fins militares para a Ucrânia. Eu disse aos líderes que se formos rápidos agora sobre a proposta poderíamos desembolsar mil milhões de euros já no dia primeiro de julho", disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
A sondagem IPSOS
No programa chamamos também a atenção para o inquérito exclusivo da IPSOS sobre as eleições europeias revelado, esta semana, durante o evento especial ao vivo "Euronews On Air".
A representação da extrema-direita deverá aumentar no próximo Parlamento Europeu, mas os partidos pró-europeus ainda deterão 63% dos assentos, de acordo com a sondagem.
A capacidade de formar coligações para aprovar legislação mais controversa poderá ser o maior teste para as forças tradicionais do centro.
Fórum Humanitário
Pelo terceiro ano, o Fórum Humanitário Europeu teve lugar em Bruxelas, com o objetivo de obter mais financiamento para necessidades globais que atingiram níveis sem precedentes.
As projeções indicam que quase 300 milhões de pessoas em todo o mundo necessitam de assistência de formação humanitária. Os Estados-membros da UE, juntamente com a Comissão Europeia, anunciaram compromissos superiores a sete mil milhões de euros.
Várias agências das Nações Unidas enviaram os seus representantes e a Euronews entrevistou Natalia Kanem, diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas, que destacou a situação das mulheres e das crianças.
"A questão é que as mulheres e as crianças são sempre as que suportam o pior de qualquer crise, sendo os desastres humanitários, os conflitos e os desastres climáticos as mais comuns. Quando pedimos 46 mil milhões de dólares - que são necessários para este ano - vemos que, normalmente, os apelos humanitários são subfinanciados. E o setor privado muitas vezes pode contribuir com medicamentos, pode contribuir com materiais", disse Natalia Kanem.