A polícia reprimiu um manifestação a pedir novas eleições, com a oposição a não reconhecer os resultados do ato eleitoral de outubro, que deu a vitória ao partido no poder "Sonho Georgiano".
Os cidadãos da Geórgia saíram à rua na madrugada de terça-feira, exigindo novas eleições parlamentares, depois do que consideram ter sido uma eleição manipulada com a ajuda da Rússia. Em Tbilíssi, onde estava montado um acampamento desde domingo, a polícia dispersou as manifestações e várias pessoas foram detidas.
O partido no governo, "Sonho Georgiano" foi fundado pelo bilionário Bidzina Ivanishvili, que fez fortuna na Rússia, e ganhou as eleições por pouco em outubro. A oposição não reconhece estes resultados eleitorais, que diz terem sido o resultado de fraudes e de interferência russa. A presidente Salomé Zurabishvili disse, na altura, que o país tinha sido alvo de uma "operação russa". Os observadores internacionais também alertaram para várias irregularidades e para um ambiente tenso e de intimidação no dia das eleições.
O partido de Ivanishvili aprovou recentemente leis semelhantes às utilizadas pelo Kremlin para reprimir a liberdade de expressão e os direitos das pessoas LGBTQ+.
Em junho, a UE suspendeu indefinidamente o processo de adesão da Geórgia, depois de o parlamento do país ter aprovado uma lei que exige que as organizações que recebem mais de 20% do seu financiamento do estrangeiro se registem como "prosseguindo os interesses de uma potência estrangeira".