Emilia Ohrtmann sempre quis ser designer de moda. Como não sabia desenhar acabou por estudar gestão de empresas. Até ao dia em que decidiu que era altura de realizar o seu sonho.
“Quando era criança, cortava e tingia as minhas calças de ganga, tingia a minha T-shirt. Tive sempre muito interesse pela moda e pelo estilo. Mas como não conseguia desenhar, disseram-me: tens de saber desenhar, para poder fazer modelos, senão, não podes estudar moda. Além disso, nunca ganharás dinheiro com o desenho de moda. Por causa disso, acabei por estudar gestão de empresas, em vez de moda", contou Emilia Ohrtmann.
"Acabei por tornar-me compradora de roupa desportiva, o que levou a estar em contacto novamente com a minha paixão pelo design. Tinha aulas à noite e ao fim-de-semana. Finalmente, aprendi a desenhar. Depois o meu marido arranjou um emprego no Dubai e mudámo-nos para o Dubai. Isso foi há dez anos. As pessoas mudavam-se para cá e traziam novas ideias. Falaram-me de ideias novas. Mas eu tinha três filhos. Estava grávida, praticamente até dar à luz, continuei a trabalhar. Depois do nascimento, recomecei a trabalhar, mas queria encontrar uma forma de ocupar-me dos filhos e trabalhar", recordou a empreendedora.
O impacto da pandemia
"Depois conheci muitas mulheres que queriam lançar um negócio. Então comecei a fazer os sites dessas empresas. Fi-lo durante cinco ou seis anos. E depois deu-se a pandemia.Durante o confinamento, comecei a escrever um livro para os meus filhos. Queria dar-lhes algo que eles pudessem ler quando eu estivesse ausente. E escrevi coisas como: siga os seus sonhos, faça o que lhe apetece, não dê ouvidos a outras pessoas. E foi aí que me apercebi que sempre soube o que queria fazer, mas que não o tinha feito. Por isso, durante o confinamento, decidi começar a minha própria marca de moda", contou Emilia Ohrtmann.
"Adoro dar confiança às mulheres"
“Eu sabia que queria usar tecidos sustentáveis, algodão biológico, tecidos que nos fizessem sentir bem e que nos dessem vontade de comprá-los. Além disso, queria propor uma abordagem minimalista: porque quando temos algo no guarda-roupa que se pode combinar com quase tudo, isso dá-nos confiança; porque sabemos que qualquer que seja a nossa escolha, ficamos bem. É algo que observo nos meus clientes. Experimentam algo, olham-se ao espelho e os olhos brilham. Adoro dar confiança às mulheres".
“Quando nos sentimos mais confiantes, podemos seguir as nossas paixões. Avançar em direcção aos sonhos e objetivos que tínhamos adiado. No Dubai, há um estado de espírito muito empreendedor. Na verdade, tudo é possível, aqui. Quero que o meu negócio online cresça em toda a região. Depois, gostaria de ter a minha própria loja par dar estilo às mulheres todos os dias”, concluiu a empreendedora.