11 dos 37 artistas que viajaram para Basileia foram agora enviados para casa.
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O alinhamento final do 69.º Festival Eurovisão da Canção está definido após a segunda meia-final de quinta-feira, com 26 países a competir perante milhares de fãs em Basileia, na Suíça, no grande espetáculo de sábado que vai determinar o vencedor.
Entre os que passaram à final estão o contratenor austríaco de formação clássica JJ, um dos favoritos das casas de apostas com a sua canção pop-ópera "Wasted Love", e o israelita Yuval Raphael, que interpretará a canção "New Day Will Rise".
Também eleita para a final, Miriana Conte, de Malta, cuja canção "Serving", uma diva, é um clássico da Eurovisão.
Os artistas do Luxemburgo, Dinamarca, Arménia, Finlândia, Letónia, Lituânia e Grécia também passaram ao dia de todas as decisões.
Os concorrentes selecionados na primeira meia-final de terça-feira são os favoritos KAJ, que representam a Suécia com uma serenata à sauna "Bara Bada Bastu", o cantor neerlandês Claude com a balada "C'est La Vie" e os roqueiros ucranianos Ziferblat com "Bird of Pray".
Quem foi eliminado nas meias-finais?
11 dos 37 artistas que viajaram para Basileia foram agora enviados para casa, deixando 26 finalistas.
20 foram escolhidos pelos votos dos telespectadores nas meias-finais, enquanto a Suíça, o país anfitrião, e os "Cinco Grandes" (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido), os países que mais contribuem financeiramente para o concurso, se qualificaram automaticamente para a final.
Dos 15 países que participaram na primeira meia-final, na terça-feira, cinco foram eliminados - a Eslovénia, a Bélgica, o Azerbaijão, a Croácia e Chipre.
Na quinta-feira, outros 16 países lutaram por um lugar na final. No total, seis países foram eliminados Austrália, Montenegro, Irlanda, Geórgia, Chéquia e Sérvia.
Concurso marcado pela polémica
Pelo segundo ano consecutivo, o concurso, cujo lema é "Unidos Pela Música", foi ensombrado pela reação negativa à participação de Israel. Apesar dos apelos a um boicote, Israel participa na edição de 2025 da Eurovisão e será representado por Yuval Raphael.
Trata-se de uma sobrevivente do ataque do Hamas ao Festival de Música Nova em 7 de outubro de 2023, e que está a ter um bom desempenho nas casas de apostas. No entanto, muitos contestam a sua presença.
Vídeos nas redes sociais mostraram uma grande bandeira palestiniana a ser estendida na multidão durante o ensaio de Raphael na quinta-feira. O organizador do evento, a emissora suíça SRG SSR, disse que o pessoal de segurança tinha escoltado os envolvidos para fora do local do espetáculo.
Entretanto, fora do local do evento, centenas de manifestantes pró-palestinianos reuniram-se no centro de Basileia na quarta-feira à noite para exigir o fim da ofensiva militar de Israel e a expulsão do país da Eurovisão.
A Rússia foi banida da Eurovisão após a invasão da Ucrânia em 2022.
"Deveria ser uma ocasião feliz o facto de a Eurovisão estar finalmente na Suíça, mas não é", disse um manifestante no protesto de quarta-feira. "Como é que podemos excluir a Rússia, mas continuamos a acolher Israel?"
Vários organismos públicos de radiodifusão, incluindo espanhóis, irlandeses, islandeses e flamengos, apelaram para um debate sobre a participação de Israel. A União Europeia de Radiodifusão, que organiza a Eurovisão, defendeu a sua decisão de permitir a participação de Israel e afirmou que o concurso deve manter-se politicamente neutro.
Mais de 70 ex-concorrentes da Eurovisão assinaram uma carta apelando para a exclusão de Israel, incluindo o vencedor do ano passado, Nemo.
"As ações de Israel estão fundamentalmente em desacordo com os valores que a Eurovisão pretende defender - paz, unidade e respeito pelos direitos humanos", referiu o artista ao HuffPost UK.
No ano passado, a concorrente israelita Eden Golan foi vaiada durante a sua atuação ao vivo. Yuval Raphael espera o mesmo, apesar de manter uma atitude positiva. "Estamos aqui para cantar e eu vou cantar com muita paixão para todos".
Na quinta-feira, realizou-se uma manifestação de apoio a Israel e contra o antissemitismo no centro de Basileia.