Portugal com crescimento de 6,5% em 2022, o maior na Europa

Preço da energia e produtos alimentares, impulsionados pela guerra na Ucrânia, continuam a pesar sobre a economia europeia
Preço da energia e produtos alimentares, impulsionados pela guerra na Ucrânia, continuam a pesar sobre a economia europeia Direitos de autor Luca Bruno/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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Comissão Europeia divulgou, esta quinta-feira, previsões económicas de verão com Portugal a escapar, este ano pelo menos, ao abrandamento

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Em 2022, a economia portuguesa é a que mais vai crescer na Europa, com o setor do turismo como um dos grandes motores do avanço.

Bruxelas divulgou, esta quinta-feira, as previsões económicas de verão, estimando um crescimento de 5,8% para 6,5% em 2002, antes do abrandamento de 2,7% para 1,9% no ano seguinte.

Para 2022, as previsões de crescimento da economia da União Europeia (UE) são de 2,7%, caindo para 1,5% em 2023.

No caso da zona euro baixam de 2,7% para 2,6%, em 2022, e de 2,3% para 1,4% no ano que vem.

Em 2022, a inflação para a média da UE também deverá atingir níveis históricos de 8,3% e 7,6% no caso da zona euro. No ano seguinte deverá abrandar para 4,6% e 4,0%, respetivamente.

A ensombrar o clima económico, com menos crescimento e "inflação histórica", está a invasão russa da Ucrânia que continua a pesar, e muito, sobre a economia europeia, com pressões adicionais sobre o preço da energia e produtos alimentares.

Não se exclui a recessão, caso a Rússia corte o gás no próximo inverno, como explicou, em entrevista à Euronews, o comissário europeu com a pasta da Economia, Paolo Gentiloni.

"Mesmo que digamos que não estamos em recessão, que não estamos num cenário de estagflação, e esta é a realidade neste momento, quando fazemos um retrato da nossa economia temos de contemplar a possibilidade de um cenário pior. Claro que se tivermos um corte total no abastecimento de gás da Rússia, entraremos numa realidade mais adversa."

Gentiloni ressalvou, no entanto, que o terreno ainda é positivo.

"Penso que devemos ser claros e dizer que ainda estamos a viver um nível muito moderado de crescimento. Por isso, não participarei de uma espécie de apelo à catástrofe ou profecia da catástrofe", referiu o comissário europeu.

O executivo comunitário também reviu em alta a previsão de inflação para a zona euro e para a média da União Europeia, esperando máximos históricos em 2022, em 7,6% na zona euro e 8,3% na União Europeia, antes de diminuir em 2023 para 4% e 4,6%, respetivamente.

Para Portugal prevê-se, em 2022, uma inflação de 6,8% e de 3,6% em 2023, o que representa subidas consideráveis em comparação com os 4,4% e 1,9% avançados nos últimos dados.

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