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Eurodeputados comentam livro de memórias de Angela Merkel

A antiga chanceler alemã, Angela Merkel, publicou o seu livro de memórias "Liberdade".
A antiga chanceler alemã, Angela Merkel, publicou o seu livro de memórias "Liberdade". Direitos de autor  Markus Schreiber/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Amandine Hess & Grégoire Lory
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"Freedom", o livro autobiográfico de Angela Merkel, chanceler alemã de 2005 a 2021, reconstituiu a sua carreira política nacional e europeia. É uma oportunidade para analisar o seu legado político na UE.

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É o livro político do ano. Numa autobiografia intitulada Liberdade, a ex-chanceler Angela Merkel faz uma retrospetiva dos 16 anos em que esteve à frente da Alemanha. Originária da Alemanha de Leste, a líder democrata-cristã teve um impacto profundo no projeto europeu.

A publicação das suas memórias, com quase 700 páginas, é uma oportunidade para analisar o legado político daquela que foi descrita como a mulher mais poderosa da Europa.

Angela Merkel justifica a sua decisão de rejeitar a rápida adesão da Ucrânia ou da Geórgia à NATO. A chanceler alemã afirma que teria sido uma ilusão acreditar que essa integração teria impedido a invasão liderada pelo Kremlin.

No Parlamento Europeu, Virginijus Sinkevičius lamenta a escolha da antiga chanceler. "Penso que foi um erro. Penso que teria enviado uma mensagem muito, muito clara" a Vladimir Putin, diz o eurodeputado dos Verdes.

"É muito mais fácil responder à questão de saber se ele (Vladimir Putin) estava pronto para atacar a Geórgia ou a Ucrânia. E fê-lo em 2008, atacou durante a abertura dos Jogos Olímpicos. Atacou a Geórgia", acrescentou.

Angela Merkel foi também criticada por ter tornado a Alemanha, a principal potência económica da UE, fortemente dependente do gás russo.

"A política de Angela Merkel revelou-se uma política perdedora porque, apesar do desejo de obter gás barato, permitiu que Putin determinasse as escolhas estratégicas da Alemanha e da Europa", criticou Michele Picaro (Conservadores e Reformistas Europeus).

Entre as crises enfrentadas por Angela Merkel durante os seus quatro mandatos, a antiga chanceler referiu a crise grega e a crise do euro. A sua posição firme foi criticada pelo eurodeputado Jonas Sjöstedt (La Gauche).

"Penso que ela deixou um legado muito mau no que respeita à crise do euro", afirmou o eurodeputado sueco. "O que eles fizeram foi salvar os bancos alemães. Certificaram-se de que eram pagos. E sacrificaram o povo grego, mas também o povo de Espanha, Portugal e Irlanda", continuou.

Mas a ex-chanceler também pode contar com o apoio do plenário. Radan Kanev (PPE) elogiou as escolhas de Angela Merkel na altura.

"A zona euro estava à beira do colapso. E a Grécia, como país, como nação, estava à beira do colapso", recorda o búlgaro.

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