Drama nos hospitais europeus

Suíça: Soldado auxilia em hospital
Suíça: Soldado auxilia em hospital Direitos de autor Laurent Gillieron/AP
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De  Ricardo Figueira
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Em países como Itália e Suíça, os cuidados intensivos estão perto da ruptura devido à pandemia. Medidas restritivas não devem ser, para já, levantadas pelos governos.

Itália

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Com os números da pandemia a crescer de dia para dia, os hospitais italianos estão a viver uma situação dramática, mesmo se o número de camas nas unidades de cuidados intensivos duplicou para quase 10.000 e foram contratados mais 625 anestesistas e especialistas em reanimação.

O último número é de 731 mortes em 24 horas - o maior desde o início de abril, quando a Itália estava em estado de choque e completamente confinado. A situação pode vir a piorar.

 Paolo Onorati, neurologista e médico na unidade Covid-19 do Instituto Clínico Casalpalocco em Roma, diz que "Houve um aumento vertiginoso no número de hospitalizações, e francamente, não posso dizer-lhe quando será atingido o pico. Se já foi atingido ou se será atingido dentro de uma semana ou 15 dias".

França

O governo chefiado por Jean Castex advertiu que o atual confinamento à escala nacional será provavelmente prolongado. Está previsto que termine a 1 de dezembro, mas qualquer flexibilização das restrições será gradual. Algumas lojas podem vir a reabrir. Isso mesmo foi discutido na numa reunião especial do Conselho de Defesa e Segurança, onde se falou também de uma possível flexibilização das restrições de viagem durante a época do Natal. O recolher obrigatório noturno pode vir a regressar.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca deu bons resultados na segunda fase dos testes. O governo francês está a preparar um programa de vacinação em massa já para o próximo ano.

Suíça

Entretanto, na Suíça, o governo tem planos para aumentar o apoio financeiro às pessoas, empresas e clubes desportivos atingidos pela pandemia. Vai também aumentar a assistência militar aos hospitais sobrecarregados.

"O pessoal militar está sobretudo envolvido em hospitais, apoia serviços de cuidados intensivos, serviços de cuidados intermédios e transporte de doentes. Outras tarefas não são executadas. Também apoiam a alimentação dos doentes e apoiam o pessoal médico em diferentes tarefas", diz Raoul Barca, comandante do batalhão hospitalar 2. Mesmo com os hospitais perto da plena capacidade, a Suíça continua a resistir a um novo confinamento.

Portugal

Espera-se para esta sexta-feira o anúncio, por parte do governo de António Costa, de um prolongamento do estado de emergência.

Os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, ambos em Lisboa, suspenderam todas as operações não urgentes que precisem de internamento, com o país a passar pela pior fase desde o início da pandemia. 

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