Bombas continuam a matar na Ucrânia com Putin a preparar reunião com Erdogan

A ucraniana Natalia Rosolova em lágrimas junta a casa onde vive em Kupiansk-Vuzlovyi
A ucraniana Natalia Rosolova em lágrimas junta a casa onde vive em Kupiansk-Vuzlovyi Direitos de autor AP Photo/Bram Janssen
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De  Francisco Marques
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Pelo menos cinco pessoas morreram em bombardeamentos nos territórios livre e ocupado da Ucrânia entre domingo e segunda-feira. Acordo de cereais volta à mesa

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Com o acordo de exportação de cereais de volta às mesas de Zelenskyy e até de Putin, a contraofensiva ucraniana à invasão russa voltou a ter uma noite de sobressalto.

Pelo menos cinco pessoas morreram na Ucrânia após bombardeamentos entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira.

Três das vítimas foram registadas no ataque russo a uma fábrica na região de Poltava, no centro da Ucrânia. Outra vítima das bombas russas, uma mulher de 63 anos, foi registada já esta manhã no sul, em Sadove, na região de Kherson.

No nordeste do país, em Kupyansk-Vuzlovyi, numa região onde a invasão russa se intensificou em agosto e as autoridades ucranianas emitiram uma ordem de evacuação, muitos dos residentes resistem a abandonar as regiões apesar das explosões se ouvirem cada vez mais perto das portas de casa.

Isto numa altura, sublinhou a ministra adjunta da Defesa , em que "as Forças Armadas da Ucrânia prosseguem a contraofensiva pelo sul". 

"Depois da libertação de Robotyne, as nossas forças armadas seguem para sudeste desta aldeia, rumo a Novodanylivka, Novoprokopivka, Mala Tokmachka, Ocheretuvate", detalhou Hanna Malyar.

Rússia resiste à contraofensiva

Do lado do Kremlin, foi anunciada a alegada neutralização de ataques ucranianos em Robotyne e Verbove, duas aldeias separadas por 20 quilómetros, na região de Zaporíjia.

Na região ocupada de Donetsk, a Rússia diz ter sido morto um civil em Horlivka, devido a um bombardeamento ucraniano.

Na Crimeia, o Ministério da Defesa russo alega ter destruído dois drones ucranianos e ainda sobre o Mar Negro um míssil cruzeiro disparado para a zona da península controlada pelo Kremlin.

Também perto de Moscovo terá sido neutralizado um novo drone ucraniano, desta vez sem causar danos.

Acordo de cereais de volta à mesa

A guerra prossegue ao mesmo tempo que a Ucrânia tenta relançar a exportação de cereais com um novo acordo com a Turquia e a ONU para desbloquear os portos de Odessa.

A Rússia distancia-se desse acordo, mas anunciou, citada pela agência estatal Tass, um encontro iminente entre Putin e o Presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan.

O porta-voz do líder russo, Dmitry Peskov, não avançou detalhes sobre a data, o local nem como irá acontecer uma vez que o Presidente russo é alvo de um mandado de captura internacional e por isso tem resistido a deixar a segurança do respetivo território.

"A reunião acontecerá em breve. Informaremos sobre isso no devido tempo", limitou-se a dizer Peskov, numa conferência de imprensa noticiada pela agência russa.

Uma fonte diplomática da Turquia, não identificada, terá dito à Tass que o encontro entre Putin e Erdogan poderá ser presencial e ocorrer na próxima segunda-feira, 4 de setembro, em Sochi, na Rússia, e terá o acordo de cereais como prato principal.

Outras fontes • Interfax, Pravda, Tass

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