OCDE regista novos máximos de entrada de migrantes e refugiados aprovados

Polícia eslovaco vigia a fronteira com a Hungria, dentro do Espaço Schengen
Polícia eslovaco vigia a fronteira com a Hungria, dentro do Espaço Schengen Direitos de autor Peter Komka/MTI via AP
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Novo relatório com os números de 2022 mostra seis milhões de imigrantes permanentes registados nos 38 países do bloco, sem contar com quem fugiu da invasão russa da Ucrânia

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A chegada de migrantes aos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu níveis recorde em 2022, revela o último relatório do bloco.

Com seis milhões de novos imigrantes permanentes, sem contar com os refugiados da Ucrânia, pelo menos um em cada três países da OCDE registaram os níveis mais altos dos últimos 15 anos, com alguns deles, como o Canadá ou o Reino Unido, a atingirem novos máximos.

Até junho deste ano, havia mais de 4,5 milhões de ucranianos deslocados em países da OCDE, como a Alemanha ou a Polónia.

Os Estados Unidos são quem alberga o maior número de refugiados ucranianos em termos absolutos, enquanto a Estónia, a Chéquia e a Lituânia acolheram o maior número em proporção à respetiva população.

Os pedidos de asilo na OCDE também atingiram um valor recorde em 2022, com mais de 2 milhões de requerimentos, um número muito acima dos 1,7 milhões registados no biénio 2015/2016, o anterior máximo.

A subida foi muito impulsionada pelos requerimentos registados nos Estados Unidos, com cerca de 730 mil pedidos.

Os principais países de origem dos requerentes de asilo dentro da OCDE em 2022 foram a Venezuela, com mais de 220 mil pedidos; Cuba, com 180 mil; Afeganistão, com 170 mil; e Nicarágua, com 165 mil.

Por outro lado, a obtenção de cidadania em países da OCDE também bateu um novo recorde em 2022, com 2,8 milhões pedidos aprovados, de acordo com dados preliminares.

Entre 2021 e 2022, o emprego de migrantes subiu em todos os países da OCDE, exceto na Polónia.

O número de admissões de estudantes internacionais aproximou-se dos dois milhões pela primeira vez.

A evolução destes fenómenos levaram alguns dos países a ajustar as políticas migratórias. Os que sofrem de falta de mão de obra colocaram a migração no topo das prioridades e aligeiraram o acolhimento de acordo com as necessidades.

Outros impuseram regras mais apertadas para a concessão do estatuto de refugiados, reforçaram os controlos de fronteiras e reduziram as quotas de acolhimento de migrantes ou, como o Reino Unido, tentam desviar os requerentes de asilo para países terceiros, como o Ruanda.

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