Os sete membros dos Bi-2 foram detidos e depois expulsos da Tailândia na sequência de um concerto em Phuket. Suspeita-se que as autoridades tailandesas tenham agido sob pressão do Kremlin.
Chamam-se Bi-2 e são uma banda de rock russa, conhecida pelas posições contra o Kremlin e contra a guerra na Ucrânia. O grupo está agora em Israel, depois de os sete membros terem sido detidos e expulsos da ilha tailandesa de Phuket, onde tinham dado um concerto. A desculpa dada pelas autoridades foi que não tinham os documentos necessários para trabalhar na Tailândia, mas suspeita-se que as autoridades tailandesas tenham agido sob pressão do governo russo.
O guitarrista e vocalista do grupo, Aleksandr "Shura" Uman, agradeceu aos cônsules de Israel e da Austrália, assim como a membros de grupos de defesa dos direitos humanos, que intercederam e permitiram ao grupo chegar a Israel.
A Rússia negou ter participado na tentativa de expulsão da banda. No entanto, Moscovo tem a reputação de reprimir os artistas que criticam a guerra, mesmo os que trabalham no estrangeiro. O Kremlin já tinha anteriormente perseguido Uman e outro membro dos Bi-2, Yegor "Lyova" Bortnik.
Na quarta-feira à noite, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, elogiou os esforços diplomáticos que permitiram que todos os músicos deixassem a Tailândia em direção a Israel. Um membro da banda com cidadania israelita regressou na manhã de quarta-feira.
Cinco dos sete músicos dos Bi-2 entraram na Tailândia usando passaportes russos. Pelo menos quatro dos membros são alegadamente cidadãos israelitas, incluindo os dois fundadores, Uman e Bortnik. Este último também é cidadão australiano.