Condenado a mil chicotadas, por denúncias feitas contra o Islão, num blogue, Raif Badawi continua preso na Arábia Saudita. O jornalista e ativista
Condenado a mil chicotadas, por denúncias feitas contra o Islão, num blogue, Raif Badawi continua preso na Arábia Saudita. O jornalista e ativista recebeu as primeiras 50 chicotadas no início do ano.
Um tribunal ditou uma sentença de dez anos de prisão e obrigou Badawi ao pagamento de mais de 180 mil euros de multa.
A mulher de jornalista, Ensaf Haidar, tem feito campanha pela libertação desde a condenação de Badawi no ano passado e pede a ajuda dos países Ocidentais. Falou pela última vez com o jornalista na semana passada, como descreve: “Apresentava uma voz cansada. Sente falta da família e estava angustiado. Estava cansado física e psicologicamente. Em relação às chicotadas, pararam, por razões médicas. Depois de ter sido submetido a chicotadas, em janeiro, constituiu-se uma comissão médica de oito profissionais que redigiram um relatório sobre o estado físico e disseram que ele já não podia ser submetido de novo ao castigo. (…) Julgo que os países ocidentais não vão parar com a pressão e espero que não o façam porque a estória de Raif Badawi é humana, não é um caso político.”
A mulher de Raif Badawi quer o perdão do rei saudita, para que o jornalista possa juntar-se a ela no Canadá, onde se encontra.
A Euronews tentou obter um comentário do embaixador da Arábia Saudita na Bélgica, mas sem sucesso.