Enquanto os comunistas apelam à abstenção, partidários do "sim" e do "não" esgrimem argumentos.
A pergunta do referendo grego refere-se a uma proposta que já nem sequer existe, mas esta é uma jogada importante para o governo de Tsipras, que joga aqui o futuro. O Partido Comunista grego apela à abstenção: “As propostas do governo e da Comissão Europeia são semelhantes. Se alguém tiver o cuidado de ler os detalhes, vai ver que não há grandes diferenças”, diz um apoiante comunista.
“Se o não ganhar, as pessoas vão provar que existe uma alternativa à oferta dos burocratas europeus. Eles insistem numa receita que já se provou estar errada”, diz um apoiante do “não”. Para os partidários do “sim”, as coisas são diferentes: “O governo coloca-nos em grande perigo com este referendo. Não sei se vai haver um resultado claro, por isso ninguém sabe o que vai acontecer amanhã”, diz um eleitor.
Se o braço-de-ferro continuar, uma das consequências pode ser a saída da Grécia da Eurozona, o chamado “Grexit”: “Debaixo de um sufoco económico, os eleitores devem decidir. Seja qual for o resultado, sim ou não, este pode ser decisivo para o futuro do país e da Europa”, conclui Konstantinos Tsellos, um dos repórteres da euronews em Atenas a acompanhar este referendo.