O realizador francês Philipe Faucon tem-se dedicado a filmar o que chama de “invisíveis”, pessoas e grupos que são pouco retratados no cinema, ou que
O realizador francês Philipe Faucon tem-se dedicado a filmar o que chama de “invisíveis”, pessoas e grupos que são pouco retratados no cinema, ou que aparecem frequentemente como personagens secundárias. O seu último filme, “Fátima”, é uma obra poderosa e sensível sobre a vida de uma imigrante magrebina em França.
O filme baseia-se numa história real. Fátima trabalha nas limpezas para pagar os estudos das duas filhas. A filha mais velha prepara o exame de medicina, a mais nova é uma adolescente revoltada que tem dificuldades em aceitar o facto de a mãe trabalhar nas limpezas e não saber falar francês.
Tal como a verdadeira Fátima que inspirou o filme, a protagonista escreve um diário, em árabe, onde exprime o que sente, a humilhação, o medo e a esperança.
Para o realizador francês de 57 anos, Fátima é uma heroína invisível. Graças a uma encenação sóbria e delicada, o filme é um momento de pura emoção.