UE poderá retaliar se avançarem novas sanções dos EUA contra Rússia

UE poderá retaliar se avançarem novas sanções dos EUA contra Rússia
De  Isabel Marques da Silva com LUSA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

As novas sanções que o Congresso norte-americano quer impor contra a Rússia poderão afetar algumas empresas europeias, pelo que Bruxelas admite retaliar. Um dos setores mais sensíveis é o energético,

PUBLICIDADE

As novas sanções que o Congresso norte-americano quer impor contra a Rússia poderão afetar algumas empresas europeias, pelo que Bruxelas admite retaliar.

Um dos setores mais sensíveis é o energético, ao nível da parceria com a Rússia no projeto do gasoduto Nord Stream 2.

“Estamos a acompanhar este processo com alguma preocupação face ao impacto na independência energética da União Europeia e nos nossos interesses de segurança energética”, disse Margaritis Schinas, porta-voz do executivo europeu, segunda-feira, numa conferência de imprensa, em Bruxelas.

“Estamos a usar todos os canais diplomáticos para abordar com os nossos parceiros norte-americanos estas preocupações face às medidas dos EUA”, acrescentou Margaritis Schinas.

O gasoduto Nord Stream 2 ligará a Rússia à Alemanha, através do mar Báltico. Este país e a Áustria fizeram algumas das críticas mais fortes contra as novas sanções, que não foram coordenadas com a Europa, como é habitual.

“A União Europeia, bem como os Estados-membros a título individual, estão acostumados a dialogar com a administração dos EUA no que respeita às sanções. No caso da anexação ilegal da Crimeia, houve um consenso transatlântico sobre as sanções”, explicou, à euronews, Kristine Berzina, analista política no centro de estudos German Marshall Fund, em Bruxelas.

“Agora, se o Congresso norte-americano passar a tomar decisões importantes que afetam o relacionamento transatlântico ao nível das sanções contra a Rússia, temos uma situação nova, e a Europa tem boas razões para querer falar com Washington sobre os possíveis impactos”, acrescentou a analista.

Bruxelas suspeita que os Estados Unidos querem aproveitar as sanções para ultrapassar os europeus no fornecimento de gás natural liquefeito e dar vantagens competitivas às suas empresas.

A Câmara dos Representantes irá votar medidas que serão aplicadas a Moscovo devido à sua alegada ingerência na campanha presidencial nos Estados Unidos e à anexação da península ucraniana da Crimeia.

Uma vez aprovada pela Câmara dos Representantes, a proposta de lei será votada no Senado, provavelmente antes das férias de verão, em meados de agosto.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Acordo entre republicanos e democratas sobre sanções à Rússia "condiciona" Trump

Acordo político na UE para sancionar os colonos israelitas extremistas

Programa "On Air" lança cobertura eleitoral da Euronews e revela sondagem exclusiva