Epidemia de cólera ameaça Iraque

Uma epidemia de cólera ameaça milhares de pessoas no Iraque.
A falta de água potável aliada à crescente poluição e salinização dos reservatórios levaram já mais de 17 mil pessoas ao hospital, na região de Baçorá, no sudeste do país.
A província é rica em recursos energéticos sendo, por isso, densamente povoada. Os conflitos que se abateram sobre o país danificaram o ecossistema e as infraestruturas.
A seca que se faz sentir leva as autoridades locais de saúde a alertar para uma eventual epidemia.
"As condições ideais para a cólera são água salgada, baixa concentração de cloro e baixas temperaturas. No final de setembro ou outubro, quando a temperatura cai abaixo dos 40 graus, as condições são favoráveis para uma epidemia de cólera", avisa o chefe da Direção de Saúde de Baçorá, Ryad Adbel Amir.
Baçorá é banhada pelo rio Xatalárabe, formado pela confluência do Tigre com o Eufrates que, nos últimos 15 anos, têm sido envenenados pelas águas residuais do país de 38 milhões de habitantes.
O Conselho Governamental para os direitos Humanos do Iraque pretende que a província seja declarada zona de desastre para que possa beneficiar de fundos especiais e de água doce de reservatórios a montante.