Autarquia portuguesa tem programa para apoiar em termos clínicos, sociais e económicos quem não pode sair de casa devido à pandemia de covid-19
Em tempo de pandemia, todo o cuidado é pouco e toda a ajuda bem-vinda. Sintra é o segundo município português com maior população e o segundo também com mais casos de covid-19, em ambos os casos atrás apenas de Lisboa. Para ajudar quem está obrigado a ficar em casa de quarentena, a autarquia criou uma série de equipas multidisciplinares que dificilmente passam despercebidas. Apresentam-se equipadas a rigor, com fato-macaco branco, touca, luvas e botas, máscara e óculos de proteção.
Apesar do aparato, não há motivo para ter medo. Cesaltina Paiva é mãe de um doente de covid-19 e admite que o cenário assusta mas reconhece que é necessário tendo em conta a situação que se vive e sublinha que não devemos ter vergonha por termos sido atingidos pelo vírus.
A missão destas equipas, oito no total, vai além dos simples cuidados médicos. O enfermeiro Luís Cruz explica que as equipas são compostas por enfermeiros, trabalhadores da segurança social e da proteção civil e pela polícia municipal, destacando que a sua função passa por avaliar a situação clínica de cada família, mas também a situação socioeconómica.
Criadas em julho, estas equipas já realizaram mais de 2800 visitas e contactaram mais de sete mil pessoas. Ajudaram mais de 300 famílias a comer e providenciaram uma alternativa habitacional a perto de trinta famílias sem condições para cumprir as normas sanitárias em vigor.