África conta com parceiros europeus para acelerar combate à Covid-19

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Resposta à pandemia será um dos assuntos em cima da mesa durante a cimeira UE-União Africana da semana que vem

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Com apenas 11% da população totalmente vacinada contra a Covid-19, o continente africano está a ficar atrasado no combate à pandemia.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), África precisa aumentar em seis vezes as vacinações para atingir a meta de 70% até o meio do ano.

O assunto estará no topo da agenda do encontro entre os líderes da União Europeia e da União Africana da próxima semana em Bruxelas.

Para Ayoade Alakija, copresidente da Aliança Africana de Entrega de Vacinas, há vários obstáculos a impedir uma melhor implementação da vacinação: "Em primeiro lugar, há um problema de abastecimento. É uma questão de abastecimento previsível, precisamos de países com rendimento para garantir que possamos receber vacinas. É também uma questão do sistema de saúde. Precisamos de fortalecer os nossos sistemas de saúde. As isenções de propriedade intelectual, por outro lado, precisam ser levantadas. A única maneira de garantir a equidade de fornecimento, a única maneira de salvar a vida de nosso próprio povo, é se pudermos produzir e fabricar vacinas, diagnósticos e terapias no nosso próprio país."

Os pedidos para levantar os direitos de propriedade intelectual para as vacinas e outros produtos são apoiados por vários países, peritos, organizações não-governamentais e eurodeputados.

"O que for preciso tem de se fazer. Se a partilha de patentes, se a permissão dos nossos países parceiros para avançarem com a sua própria produção é um meio adequado, tem de ser adotado. Os direitos de propriedade não são mais importantes do que salvar vidas", sublinhou, em entrevista à Euronews, o eurodeputado socialista alemão Udo Bullmann.

A Comissão Europeia e vários governos ocidentais tem recusado suspender os direitos de propriedade intelectual.

Argumentam que a concessão de licenças, o investimento em instalações de produção - como a visitada esta quarta-feira pela presidente do executivo comunitário no Senegal - bem como a partilha de vacinas são as melhores soluções.

Até à data, África recebeu cerca de 600 milhões de doses, um quarto das quais veio da União Europeia.

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