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Novo ataque com drone contra flotilha que vai para Gaza, testemunhado por ativistas portugueses

Barcos da Flotilha Global Sumud para Gaza ancorados ao largo de Sidi Bou Said, na Tunísia (9 de setembro de 2025)
Barcos da Flotilha Global Sumud para Gaza ancorados ao largo de Sidi Bou Said, na Tunísia (9 de setembro de 2025) Direitos de autor  AP Photo/Anis Mili
Direitos de autor AP Photo/Anis Mili
De Gabriele Barbati & Lina Ferreira
Publicado a Últimas notícias
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"Vimos o projétil a ser lançado", disse a deputada portuguesa Mariana Mortágua. Desta vez, o alvo foi o navio britânico Alma. Não houve feridos, apenas danos.

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A Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) registou um novo ataque nas águas tunisinas ao largo de Sidi Bou Said, esta quarta-feira. Este novo incidente acontece menos de 24 horas depois de ter sido outro barco, onde seguiam os três ativistas portugueses que participam nesta missão.

O Alma, de bandeira britânica, "ficou danificado por um incêndio que deflagrou no convés superior", denunciaram os ativistas nas redes sociais.

Tal como no caso do barco Família Madeira, na terça-feira, que tinha Greta Thunberg a bordo, a tripulação diz ter visto um drone a atacar o barco.

Mariana Mortágua foi uma das testemunhas. Num vídeo publicado no Instagram, gravado imediatamente após o ataque, a coordenadora do Bloco Esquerda diz ter visto um drone a largar um dispositivo incendiário, num barco à frente daquele onde se encontrava.

"Estamos no nosso barco e um drone acabou por largar um novo dispositivo incendiário num barco mesmo à nossa frente", disse Mariana Mortágua. "Nós vimos o clarão e vimos o projétil a ser lançado"

A também deputada portuguesa disse que consegui ver fumo a sair do barco atingido. Mas sublinhou que a situação estava controlada.

"Esta tudo sob controlo e, neste momento, temos barcos a ir lá ver como está a tripulação", acrescentou.

Os ativistas forneceram vídeos das câmaras de vigilância do barco que parecem apoiar a hipótese de um ataque vindo do exterior. As imagens mostram um ativista no convés de proa quase a ser atingido por projétil luminoso que cai do alto e a subsequente explosão.

"O incêndio foi extinto e todos os passageiros e tripulantes estão a salvo", assegurou a GSF em comunicado, confirmando a determinação em partir de Tunes para Gaza, uma vez concluídas as últimas verificações meteorológicas e mecânicas.

Na sequência do ataque, o ativista português Miguel Duarte, que também integra a flotilha no barco Família Madeira, que ontem foi atacado, pediu pressão internacional.

"2 dias, 2 ataques, precisamos de pressão internacional!", escreveu Miguel Duarte no Instagram.

O objetivo desta flotilha é levar uma carga de ajuda à população da Faixa de Gaza e manter a atenção internacional sobre a tragédia humanitária no território. As missões anteriores terminaram com a invasão do barco em águas internacionais pela marinha israelita e pela detenção dos ativistas.

As autoridades tunisinas negaram que o primeiro ataque, na noite de segunda para terça-feira, tenha sido efetuado por um drone, falando antes de um incêndio na zona dos coletes salva-vidas provocado por um cigarro.

Em Tunes, os ativistas falaram com os jornalistas, denunciando a intenção de "fazer descarrilar a missão de quebrar o cerco a Gaza". A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados, Francesca Albanese, e outras centenas de pessoas se juntaram-se ao grupo, em solidariedade no porto da capital tunisina.

A Flotilha Global Sumud é composta por cerca de 50 embarcações de mais de 40 países. Na quinta-feira, a delegação italiana, que inclui dois deputados e dois eurodeputados, deve partir do porto siciliano de Augusta.

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