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Alerta laranja em Portugal: chuva, vento e milhares de descargas elétricas nas últimas 24 horas

Nuvens carregadas na cidade de Lisboa
Nuvens carregadas na cidade de Lisboa Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De João Azevedo
Publicado a Últimas notícias
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Passagem de superfície frontal fria em Portugal continental trouxe madrugada de sobressalto, sentida com especial incidência na área da Grande Lisboa, onde, além do vento e precipitação, foram registados raios em catadupa.

A última madrugada foi de sobressalto em Portugal continental com a chegada de uma superfície frontal fria que trouxe chuva, vento e trovoada.

Em várias zonas da grande Lisboa, foi registada uma sucessão de raios, ilustrada pelos utilizadores nas redes sociais.

Nas últimas 24 horas, foram registadas mais de 30 mil descargas elétricas em Portugal Continental, informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

"É uma situação que não é assim tão habitual, a concentração de cargas elétricas foi muita elevada sobretudo na região de Lisboa e do Oeste", observou Jorge Ponte do IPMA em declarações à SIC Notícias.

A precipitação é um desafio para os condutores e o vento intenso já deixou marcas, com ramos de árvores encontrados em algumas vias públicas da cidade de Lisboa e arredores.

Entre as 00:00 e as 07:00, foram registadas 150 ocorrências, avançou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) à Lusa: 91 corresponderam a inundações, 42 a quedas de árvore, sendo que as restantes tiveram a ver com quedas de estruturas e pequenos deslizamentos de terras, em particular na sub-região de Lisboa.

O Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa recebeu, entre as 04:40 e as 07:45, cerca de 50 pedidos de auxílio na cidade, em três horas. A maioria das chamadas foi motivada por inundações provocadas pelo temporal.

Todos os distritos de Portugal continental, exceto Bragança, estiveram sob aviso laranja na quarta-feira entre as 03:00 e as 09:00 devido à previsão de chuva por vezes forte, tendo depois voltado ao aviso amarelo até às 15:00.

Bragança encontra-se sob aviso amarelo para chuva entre as 6h00 e as 15h00 desta quarta-feira.

Durante a passagem da frente fria, as rajadas de vento poderão atingir 80 quilómetros por hora no litoral e 110 quilómetros por hora nas terras altas das regiões norte e centro.

"A precipitação mais intensa, acompanhada de trovoada, deverá ocorrer durante a passagem da superfície frontal e até ao fim da manhã", lê-se na nota do IPMA.

No litoral do país, será notada uma melhoria a partir das 09h00, sendo que, no interior, haverá um alívio das condições meteorológicas pelas 12h00.

Ainda assim, durante a tarde, estão previstos aguaceiros no litoral das regiões Norte e Centro. "Neste período, ainda continuam a existir condições para ocorrência de trovoada e os aguaceiros poderão ser de granizo, sobretudo nas regiões referidas", acrescenta o IPMA.

O IPMA prevê ainda aumento da agitação marítima na costa ocidental a partir do final de quarta-feira "com ondas do quadrante oeste de quatro a cinco metros, podendo temporariamente atingir entre os cinco a seis metros entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira".

Recomendações da Proteção Civil

Perante o mau tempo, a Proteção Civil deixa uma série de conselhos à população, nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a afixação de estruturas soltas como "andaimes, placards e outras estruturas suspensas" e "especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores".

É igualmente recomendada precaução na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas, pedindo-se que não sejam praticadas atividades marítimas ou perto do oceano. As autoridades sublinham a importância de uma "condução defensiva" e da redução da velocidade perante a possibilidade de formação de lençóis de água, devendo ser evitadas as "zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas".

Há ainda instruções para a retirada das "zonas normalmente inundáveis de animais, equipamentos, veículos e/ou outros bens para locais seguros".

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