Os cães sintéticos da Florida

Os cães sintéticos da Florida
De  Antonio Oliveira E Silva com THE ASSOCIATED PRESS
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Uma empresa da Florida, Estados Unidos, desenvolveu um cão sintérico, especialmente concebido para os estudantes de veterinária, e que poderá substituir os cadáveres utilizados em testes e estudos cie

Cada cadáver pode passar por uma intervenção entre 35 a 40 vezes.

Christopher Sakezles SynDaver Labs, Florida, EUA

A SynDaver Labs é uma empresa especializada em tecidos e órgãos do corpo humano, com sede na cidade de Tampa, Florida, nos Estados Unidos.

A empresa desenvolveu recentemente um corpo que reproduz fielmente o de um cão, com tecidos, nervos, ossos, artérias e sangue, de forma a recriar o mais realisticamente possível a estrutura de um canídeo.

A SynDaver chama-lhe uma revolução para a veterinária e explica que o seu “canino sintético”, como aparece no site oficial da empresa, é feito de sal, fibra e água, como “seira um verdadeiro animal. A companhia defende que se trata de uma forma de salvar a vida de animais, que de outra forma poderiam parar a mesas de estudo ou em escolas de medicina veterinária, muitas vezes mortos apenas por serem animais de rua.

O canino sintético da SynDaver parece mesmo um cão real. Cada exemplar custa cerca de 2500 euros. A empresa anunciou que, em breve, vários destes fiéis sintéticos companheiros começarão a ser utilizados por estudantes da Escola de Veterinária da Universidade da Florida, em Gainesville.

Christopher Sakezles, da SynDave, explica:

“É, basicamente, como um puzzle de três dimensões. Os ossos, músculos, órgãos, veias e artérias são construídos separadamente. Assim, se uma das partes for cortada, como quando um cirurgião trabalha, apenas essa parte deverá ser substituída”.

A ideia da SynDave parece, por agora, ter dado resultado. Este verão, os colaboradores terão de trabalhar muito para satisfazer os 25 pedidos de caninos sintéticos para estudantes de veterinária. E ainda que o cãozinho pareça saído de uma produção relacionada com o dia das bruxas, a empresa criadora diz que serão fundamentais no futuro.

Christopher Sakezles diz cadáveres de animais não são o ideal para serem estudados em laboratório, “não apenas porque viveram anteriormente como animais, mas também porque, uma vez congelados, os tecidos deixam de ser os mesmos e não reagem da mesma maneira.”

“Este produto permite aos estudantes uma experiência mais realista em termos de tecidos”, disse Sakezles.

Cada canino sintético pode vir a passar por entre 35 a 40 intervenções. Além disso, as unidades são vendidas com um contrato de assistência e os serão reparados vezes sem conta.

Entretanto, e se tudo correr bem, a SynDave já tem planos para o futuro em termos de tecnologia orientada para a investigação com corpos de animais: poderia estar aí, ao virar da esquina, um felino sintético.

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