No Bristol BioEnergy Center, a urina tornou-se o combustível do momento.
No Bristol BioEnergy Center, a urina tornou-se o combustível do momento. Todos podem doar urina para pesquisas científicas e para um processo que consegue recarregar a bateria de um telemóvel inteligente. As bactérias decompõem os produtos químicos na urina, a energia é libertada como elétrons que podem ser transformados em eletricidade. As células de combustível biológicas são um sistema que impulsiona a corrente elétrica imitando as interações bacterianas encontradas na natureza.
O famoso festival de música de Glastonbury foi selecionado para testar o poder da urina. Em 2015 e 2016 a equipa do Centro de Bristol construiu casas de banho ao ar livre no festival que recebe, aproximadamente, 175 mil pessoas ao longo de 5 dias.
“Temos vindo a testar a tecnologia, como por exemplo para recarregar telemóveis, mas também ao integrar as células de combustível em urinóis, onde podemos recolher urina e fazer com que as luzes sejam alimentadas por essas células diretamente. Então é um urinol autosuficiente que ser utilizado em campos de refugiados, favelas ou em qualquer lugar onde não existam infraestruturas,” adianta o diretor do Bristol BioEnergy Center, Ioannis Ieropoulos.
Cada célula de combustível biológica é acessível custando apenas um euro. Este ano a tecnologia vai ser implementada em campos de refugiados em vários locais do continente africano.