O Dubai Creek flui através do coração histórico dos Emirados. Por apenas um dirham, é possível fazer um passeio neste rio, repleto de nostalgia, entre os mercados e os museus de Deira e Bur Dubai, que ficam nas margens.
Estes centros históricos lembram o passado humilde dos beduínos, que dependia das pérolas, e que acabou por sofrer uma alteração com a chegada de novos colonos, no início de 1900, devido à expansão do livre comércio.
Fazendo jus a essa época, alguns descendentes desses primeiros comerciantes partilham sabores autênticos das suas terras, num caleidoscópio culinário que complementa a culinária dos Emirados.
As viagens gastronómicas são uma maneira muito popular de explorar o Dubai Creek. O Sultan Dubai Falafel, por exemplo, é conhecido pelosfalafels recheados, feitos com pimenta, cebola e sumagre_. "Os que aqui se cozinham são os mais suculentos e cheios de ervas, e por isso os mais perfumados, que se encontram na cidade"_, explica Arva Amed, fundadora da Frying Pan Adventures.
No mercado de Deira, à beira-mar, amontoam-se coloridas pilhas de fruta e legumes e de marisco com pinças que dançam bem alinhadas. Compram-se alimentos frescos para preparar uma boa refeição revivendo outros tempos nesta cidade.
Até à pouco tempo o Dubai Creek terminava no Santuário da Vida Selvagem de Ras Al Khor, cheio de flamingos. Mas após sua expansão nasceu o Canal do Dubai que passa pela Biblioteca Mohammed Bin Rashid, em forma de livro, pela Business Bay e pela praia de Jumeirah, antes de unir-se à sua fonte: o reluzente Golfo Arábico.