As autoridades chinesas afirmam que a maior parte da área do Mar da China Meridional pertence a Pequim, uma reivindicação contestada por vários outros países da região.
A União Europeia e os representantes dos países da região do Indo-Pacífico reúnem-se em Bruxelas para o quarto fórum ministerial que junta cerca de 70 participantes das instituições e dos Estados-membros da UE, dos países do Indo-Pacífico e das organizações regionais, desde a costa oriental de África até aos Estados insulares do Pacífico.
A reunião deste ano centra-se nos temas da resiliência, da prosperidade e da segurança. Cada participante chega com a sua própria agenda e prioridades.
Para a ministra dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Theresa Lazaro, a reunião é uma oportunidade para reforçar a cooperação marítima face às reivindicações de Pequim no Mar do Sul da China.
Lazaro congratula-se com o apoio europeu através das suas declarações, mas também através de "muito apoio através das visitas de países membros da UE, fragatas que passam pelo Mar do Sul da China e isso dá um grande impulso às relações".
Manila e Pequim têm-se acusado mutuamente de serem responsáveis por colisões e incidentes nas águas contestadas nos últimos meses. As autoridades chinesas reivindicam a maior parte da área do Mar do Sul da China, reivindicações contestadas por vários outros países da região.
As Filipinas afirmaram que se congratulam com a participação dos Estados-membros da UE em exercícios marítimos na qualidade de observadores.
Mas Manila, que irá assumir a presidência da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em 2026, quer ir mais longe neste fórum em Bruxelas.
Na opinião de Theresa Lazaro, esta reunião tem também como objetivo defender o multilateralismo. "A palavra multilateralismo está presente em todas as discussões entre a ASEAN e a UE", afirmou.
Para além da situação nas Filipinas, Theresa Lazaro considera que este fórum constitui uma oportunidade para apresentar algumas perspetivas sobre a posição da UE na região do Indo-Pacífico.