A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje desculpas, depois de um relatório da organização ter sugerido que vários gregos estariam a auto-infetar-se com o vírus da SIDA para poderem receber ajudas do Estado.
Num comunicado, publicado esta manhã, o organismo internacional refere que um erro tipográfico teria deturpado o sentido de uma frase do estudo, que referia que, “os casos de HIV e de consumo de heroína aumentaram de forma significativa, com quase metade das novas infeções de HIV a serem auto-infligidas de forma a permitir que os novos doentes possam aceder a ajudas de 700€ por mês e que possam aceder aos programas de substituição de drogas”.
A frase “errónea”, como reconhece agora a OMS, foi citada pela maioria dos media internacionais que se apressaram a substituir a notícia pelo desmentido oficial.
“A OMS reconhece que não há qualquer prova que sugira a ocorrência de casos deliberados de ‘auto-infeção’ para lá de algumas situações ocasionais e anedóticas. Ao mesmo tempo a OMS reconhece que a Grécia registou um aumento significativo de casos de HIV em 2011, cerca de 52%, comparado com os números de 2010, devido à transmissão de infeções entre consumidores de drogas”.
O relato dos casos “anedóticos”, citado num texto científico, teria sido publicado por engano, segundo a organização.
A primeira 'sala de chuto' gregaO erro da OMS coincide com a abertura, em Atenas, da primeira ‘sala de chuto’ do país numa tentativa de diminuir o número de casos de infeção entre os toxicodependentes gregos.
A instalação, gerida pela organização OKANA, de combate à droga, segue o exemplo de outras ‘salas de chuto’ em países da Europa, no Canadá e na Austrália, permitindo o consumo de droga – comprada no exterior – sob supervisão médica, tendo sido visitada por mais de 200 pessoas desde a sua abertura no mês passado.
O erro da OMS coincide com a abertura, em Atenas, da primeira ‘sala de chuto’ do país numa tentativa de diminuir o número de casos de infeção entre os toxicodependentes gregos.
A instalação, gerida pela organização OKANA, de combate à droga, segue o exemplo de outras ‘salas de chuto’ em países da Europa, no Canadá e na Austrália, permitindo o consumo de droga – comprada no exterior – sob supervisão médica, tendo sido visitada por mais de 200 pessoas desde a sua abertura no mês passado.