Ianukovitch: "quero regressar à Ucrânia"

O ex-presidente da Ucrânia afirma ter sido forçado a abandonar o país devido a ameaças.
Numa conferência de imprensa, a partir da Rússia, Ianukovitch passou ao ataque. Disse que a Ucrânia está nas mãos de” neofascistas” e, sublinhou, que “aquilo que aconteceu não tem precedentes em qualquer outra parte do mundo.” Razão pela qual não reconhece o Parlamento nem o novo governo.
O presidente deposto nega ter fugido do país e justifica a saída com as ameaças de que estava a ser alvo. “O meu carro foi alvo de disparos. Segui os conselhos da minha equipa de segurança e pedi autorização para voar para Donetsk.” Ianukovitch afirma ter chegado à Rússia “graças à ajuda de oficiais patrióticos que cumpriram as suas obrigações.”
Questionado sobre um eventual encontro com Vladimir Putin garante que, ainda, não se proporcionou e que, apenas, falou com presidente russo por telefone.
Ianukovitch considera que “o que está a acontecer” na Crimeia é “natural” porque, adianta, “as pessoas não querem ser governadas por radicais.” Ainda, assim, recusa qualquer ação militar e defende que a Ucrânia se deve manter unida.
O chefe de Estado deposto promete regressar à Ucrânia quando tiver garantias de segurança.