Obama descreve Estado da Nação

Barack Obama fez o discurso do Estado da Nação – o penúltimo do mandato como presidente dos Estados Unidos – perante um Congresso dominado pelos republicanos.
No Iraque e na Síria, a liderança norte-americana está a parar o avanço do Estado Islâmico.
O chefe de Estado democrata não se cansou, por isso, de frisar a necessidade de diálogo e acordos bipartidários, nomeadamente quando recapitulava alguns dos sucessos da recuperação económica sob a sua liderança:
“Assistimos ao mais rápido crescimento económico da última década. O nosso défice reduziu em dois terços, o mercado bolsista duplicou e a inflação dos cuidados de saúde está ao mais baixo dos últimos 50 anos. Por isso, o veredito é claro: estas políticas vão continuar a funcionar, desde que os políticos não se intrometam.”
Obama apelou ao Congresso para autorizar o uso de força contra a ameaça do grupo extremista Estado Islâmico:
“No Iraque e na Síria, a liderança norte-americana – e o nosso poder militar – está a parar o avanço do Estado Islâmico. Em vez de estarmos a ser arrastados para uma nova guerra terrestre no Médio Oriente, estamos a liderar uma vasta coligação que inclui países árabes, para enfraquecer e destruir este grupo terrorista. Este esforço vai demorar algum tempo e vai exigir concentração, mas seremos bem sucedidos.”
Em termos da diplomacia, o presidente norte-americano defendeu também que a prioridade deve ser dada ao diálogo no dossiê nuclear iraniano, sublinhando que mais sanções contra Teerão teriam sobretudo um efeito contraproducente.