A decisão da China de cortar as taxas de juro e de reduzir ainda mais os rácios de reservas dos bancos, injetou confiança nos mercados e as praças europeias realizaram fortes ganhos.
As medidas anunciadas esta terça-feira pela China para tentar reanimar a segunda maior economia do mundo não chegaram a tempo de evitar uma nova hecatombe na Bolsa de Xangai, que afundou mais de 7,6%. Mas, a decisão de cortar as taxas de juro pela quinta vez desde novembro e de reduzir ainda mais os rácios de reservas dos bancos, injetou confiança nos mercados e as praças europeias realizaram fortes ganhos.
Frankfurt valorizou quase 5%, tal como o Euro Stoxx 50, Paris avançou mais de 4% e Londres mais de 3%.
Uma gestora de fundos, da KBL Richelieu, recorda que “o crescimento do mercado (chinês) foi enorme desde o inicio do ano. A combinação da tendência de alta (bull market) e da falta de visibilidade justifica a venda ao desbarato que os investidores fizeram na segunda-feira, porque não querem estar expostos” a esta falta de perspetivas em relação a ganhos futuros.
Depois de cinco sessões no vermelho, a Bolsa de Lisboa valorizou 4,71%, ganhando mais de 234 pontos para encerrar em 5215,97 pontos.
O petróleo, que bateu mínimos de seis anos, também negociava em alta, aproximando-se dos 40 dólares nos Estados Unidos e acima dos 43 dólares em Londres.