A zona afetada é, em grande parte, dominada pelos radicais islâmicos.
Quando cheguei a casa, um dos meus sobrinhos estava preso e morreu debaixo dos escombros. Vários animais e objetos da casa ficaram também soterrados.
Na zona fronteiriça entre o Paquistão e o Afeganistão, as equipas de socorro fazem uma corrida contra o tempo para encontrar sobreviventes do terramoto que atingiu a região.
Além do tempo frio que começa a instalar-se nesta área montanhosa, as forças de segurança têm de contar com o facto de esta ser uma zona, em grande parte, dominada pelos talibãs.
O exército afegão está a participar nas buscas: “Depois do terramoto, os militares vieram ter connosco. Quero pedir ao exército e ao governo que nos ajudem a reconstruir as nossas casas. Os nossos filhos têm muitos problemas, estamos desamparados. Na noite passada dormimos ao relento e na próxima noite vai ser assim também”, conta o residente local Sultan Zareen Khan.
Bakht Raj Khan, outro habitante da área, perdeu a casa e parte da família: “Quando cheguei a casa, um dos meus sobrinhos estava preso e morreu debaixo dos escombros. Vários animais e objetos da casa ficaram também soterrados. Juntou-se muita gente para ajudar a salvar a minha família e outras pessoas”.
Uma das zonas afetadas é o vale de Swat, conhecido por ser um teatro de guerra entre o exército afegão, apoiado pelas forças ocidentais, e os talibãs.
Os extremistas islâmicos já emitiram um comunicado onde dizem que as forças de segurança e as ONG são bem-vindas para socorrer as vítimas do terramoto. No entanto, a situação não deixa de causar medo nas autoridades.
O balanço continua a subir, com pelo menos 228 mortes confirmadas no Paquistão e 115 no Afeganistão.