Romenos continuam os protestos anticorrupção

Milhares de romenos continuam a manifestar-se em Bucareste e outras cidades do país.
O primeiro-ministro Victor Popa e o Governo pediram a demissão no seguimento da tragédia na discoteca de Bucareste, onde morreram 32 pessoas.
Mas, ao segundo dia de contestação, os romenos querem mais do que a queda do Governo, querem o fim de um sistema político corrupto.
“Já vimos algumas mudanças importantes na nossa cena política, mas isto parece-me algo incerto, não temos informação sobre o que pode vir a seguir,” considera um jovem que se manifesta nas ruas de Bucareste
Na mesma manifestação, uma jovem que afirma que “definitivamente, é preciso uma mudança. Esta geração tem de se fazer ouvir e mostrar a sua inteligência.”
Os romenos protestam contra o governo, a classe política e a incapacidade do sistema de Justiça para erradicar a corrupção.
“Sou realista, por isso as minhas expectativas não são muito grandes. Não se pode mudar uma classe política numa noite. Mas este é um sinal forte para a classe política, para que mude os hábitos e a organização,” considera Razvan Mitroi, um jornalista que viveu a revolução de 1989.
“A maioria dos que estão aqui, os jovens das cidades, os que têm formação, a classe média, desconfiam muito dos meios de comunicação, em particular das televisões. São vistos como parte do problema. São extensões do negócio da corrupção e não são de confiança,” esclarece o jornalista Filip Standavid